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Entrevista: Antônio Carlos Aquino de Oliveira

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Conversas com um escritor

Por Redação

Reproduzimos aqui a entrevista concedida pelo colunista da #RevistaNovaFamília para o portal #CRAMG – Conselho Regional de Administração – Minas Gerais:

Foto: Arquivo Pessoal


CRA-MG:
  O que o levou a escrever um livro de crônicas e Artigos?

Minha memória está redigida de muitas formas. Já paguei altos preços de registrar e assinar meus pensamentos.

Antônio Carlos Aquino de Oliveira

Na minha alfabetização, no meu curso primário e ginasial, aprendi que redação é a forma escrita de expressar os pensamentos, da mesma forma com que falamos e gesticulamos. Meu irmão mais velho escrevia e escreve muito bem e me ensinou os passos de fazer carta para as namoradas, os primeiros inocentes amores,  poesias infantis, sempre ligando o sentimento, o pensamento ao papel. Daí, escrever para mim sempre foi uma forma de expressão, como todas as outras. Nas escolas em que passei, entidades das quais participei, empresas em que trabalhei mantive o exercício de colocar no papel o que quer que fosse – propostas, manifestos, denúncias, críticas, sugestões, pensamentos, poesias, projetos, etc.

Minha memória está redigida de muitas formas. Já paguei altos preços de registrar e assinar meus pensamentos.  Após a minha formatura, na década de 1980, tive meu primeiro artigo publicado em um jornal – A importância da visão sistêmica – tema absolutamente focado em nossa área, a Administração.  Daí em diante sempre que tinha espaço eu escrevia, até mesmo para a revista do CRA da Bahia, revistas do meu setor empresarial, jornais do interior. Saber ler e escrever é o básico do primário.  Não entendo isso de analfabeto funcional.

De alguns dos meus textos reunidos nasceu meu primeiro livro – Registros de uma Travessia, mas a partir de 2019, a convite do Jornal Ei, Táxi, comecei a escrever de forma mais sistemática e organizada, nascendo desse trabalho esse livro que o #CRAMG está lançando em parceria comigo. Nunca entendi como pode uma pessoa alfabetizada, após cursar o primeiro e segundo grau ter medo de redação, não saber colocar no papel o que pensa, sente ou entende.

CRA-MG:  O livro #Reflexões de um cidadão do mundo” aborda inúmeros temas em diversos segmentos: social, econômico, político como administrador; Qual o legado que os conteúdos deixam para o profissional da administração?

Alguns dizem que as vezes sou ácido e duro nos meus textos, direto, mas não desrespeitoso, não tenho a agressão como método, mas a sinceridade e honestidade como princípio e propósito.

Antônio Carlos Aquino de Oliveira

Modernamente eu poderia ser chamado de “administrador raiz”. Sempre gostei do meu curso, da minha formação e profissão. Participei intensamente de todas as entidades de classe das diversas fases de minha vida – grêmio estudantil – diretório acadêmico – conselho e sindicato dos administradores da #Bahia, sindicatos, federações e associações empresarias afins com os meus negócios profissionais / empresariais. Por onde passei, deixei registrado a minha forma de pensar e ver as coisas na sua temporalidade, sempre com forte viés de administrador, com muita fundamentação na ciência da administração.

A minha independência política, ideológica, filosófica e religiosa me permite estudar, pensar, falar e escrever com liberdade sobre os mais diversos assuntos do meu tempo, do meu momento contemporâneo da forma que vejo e analiso, sejam eles dos campos sociais, econômicos, políticos ou comportamentais, mas sempre com a marca de administrador, professor, consultor. Meus escritos sempre buscam provocar a reflexão dos meus leitores e amigos, um pensar e ver diferente dos fatos fora das versões dos lados.

Alguns dizem que as vezes sou ácido e duro nos meus textos, direto, mas não desrespeitoso, não tenho a agressão como método, mas a sinceridade e honestidade como princípio e propósito. Sou intolerante com as agressões ao conhecimento, a ciência e o saber, com os princípios e conceitos básicos da ciência da administração, com o mau uso do dinheiro do nossos impostos, mas gosto do contraditório e respeito as diferenças.

CRA-MG :  Hoje, como escritor bastante versátil, experiente, com uma excelente visão de mundo, grande observador em nível de detalhes, qual a reflexão que você faz sobre as organizações públicas e privadas no momento em que estamos vivendo:

No maior dos contrassensos que possa existir, com toda essa tecnologia e conhecimento acumulado em 522 anos de nação achada, as organizações públicas e privadas no Brasil ainda são primitivas, arcaicas, ultrapassadas, paquidérmicas

Antônio Carlos Aquino Oliveira

Meu desalento é imenso com a humanidade e os rumos que estamos dando ao futuro no presente. Luto diariamente contra a minha falta de esperança. Confesso com imenso pesar que me custa caro o esforço para não descrer de vez na humanidade como raça capaz de existir sem se destruir, sem destruir todas as sua fontes de existência e sobrevivência.

No maior dos contrassensos que possa existir, com toda essa tecnologia e conhecimento acumulado em 522 anos de nação achada, as organizações públicas e privadas no Brasil ainda são primitivas, arcaicas, ultrapassadas, paquidérmicas. Conheci em fases anteriores de minha vida, várias “ilhas de excelência” no setor público e na iniciativa privada, hoje não consigo destacar nada.  Vejo com imensa preocupação, as vezes até com pânico, o avanço dos estúpidos no poder e com poder, dos desvirtuadores dos fatos, até mesmo sobre a história. Ao abdicar da educação de real e efetiva qualidade como o único caminho de crescimento e desenvolvimento do país, da sua gente, o Brasil tem feito pior, tem valorizado a ignorância, estimulado todas as forma de violência, tem dado poder à burrice e a incivilidade. O dinheiro, a riqueza e a renda no Brasil estão sendo direcionadas para os lugares errados e colocadas em mãos incapazes. Observa-se até em alguns, por mais incrível que isso possa parecer, orgulho de serem alienados, analfabetos políticos, massas de manobras, isso tudo em pleno século XXI. Se há caos e crise, há muita oportunidade e espaço para a criação de soluções, promoção de mudanças. Isso é a cara dos Administradores – soluções!

 Outras questões:

Importância atual da mídia e marketing para o setor público e privado:

A mídia exterior é um segmento específico dentro do que chamo de Indústria da Propaganda, ambiente sistêmico onde estão os jornais, rádios, televisões abertas e  fechadas, agências de propaganda, gráficas, produtoras de áudio, vídeo e conteúdo, sites e blog’s que captam anunciantes, mídia digital, etc. A mídia “out of home” são todos os espaços comerciais para exposição de anúncios e propaganda “fora de casa e dos escritórios”, na rua, nos espaços públicos e privados de circulação de público. É uma mídia de características próprias e única: democrática, direta, impactante, objetiva, de excelente custo – benefício, atingindo todos os tipos de públicos de igual forma em um determinado instante e local. Nesse segmento, o mobiliário urbano – bancas de revistas, placas identificadoras de rua, abrigos de ônibus, relógios e termômetros também agrega o imenso valor de ser e ter utilidade pública.

Mídias sociais, educação corporativa, modelos de gestão, robótica e demais tecnologias

Dizem que toda boa inciativa vem acompanhada de uma péssima consequência. Cita-se que no Brasil assim que uma Lei é promulgada tem muita gente já estudando como burla-la. É da natureza humana isso, ser também ruim, antropofágico, destrutivo, canalha. O contraponto dos bons nunca é mensurado e consequentemente não se consegue determinar o ponto de equilíbrio dessa situação. Mas, o fato é que a tecnologia trouxe muita coisa boa para a humanidade, avanços fantásticos, informações e contatos em tempo real.

Houve avanços em todos os campos, entretanto as mais graves questões do planeta e das relações entre povos não tiveram melhoras, pelo contrário, se agravaram. Nesse balanço de avanços e retrocessos, perdas e ganhos, os resultados não são animadores. A tecnologia sempre foi saudada e comemorada pelos homens e mulheres mais produtivos, construtivos, transformadores e revolucionários, entretanto o poder que a tecnologia trouxe, seja em sistema ou redes sociais, plataformas e marketingplaces, da robótica aos poderosos satélites, também deu poder e espaços aos criminosos, estelionatários,  aos ignorantes.

Com igual direito para todos, os que não respeitam direitos alheios, não respeitam limites e regras, não se subordinam a nenhum valor ou principio parecessem estarem hegemônicos, e se não estão, estão causando imenso estrago em todos os sistemas, sejam de governança e gestão, sejam de segurança e economia, sejam sociais e políticos. Faço parte do grupo de trabalho dos que buscam soluções para melhorar e resolver. Não sei o tamanho que tem o time dos que querem o melhor para todos, que trabalham para consertar o errado e quebrado, mas faço parte dele. A tecnologia e a máquina nunca vai substituir o homem, mas o homem com certeza será o piloto das máquinas, seu senhor e sua vítima.

Ideias para o próximo livro

Está em construção o Volume II do Reflexões de um Cidadão do mundo. Já iniciei a redação do “Eu, Semente, Raízes e Árvore” onde pretendo contar casos da minha infância na região cacaueira. Também está nos planos escrever o livro “A Prorrogação do Terceiro Tempo” onde pretendo relatar fatos reais das experiências pessoais e de conhecidos sobre a terceira idade, a velhice, as aposentadorias, o fim da vida.

Foto: Reprodução

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