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Vamos fazer da restrição uma causa?
Por Adriana do Amaral
Aos poucos, a tradição de restringir o consumo de carne durante o período da #Quarema, pelos católicos, vem se flexibilizando. No passado era comum famílias não ingerirem a proteína animal ao longo dos 40 dias, depois a abstinência passou a ser mantida às quartas e sextas-feiras, mais tarde apenas nos #DiasSantos. Atualmente costuma-se guardar a #SextaFeiraSanta com uma bacalhoada em família e celebrar a o domingo de #Páscoa com uma churrascada.
Alguns fieis ainda jejuam na Sexta-feira Santa, mas o que temos visto durante a #pandemia da #Covid-19 é um jejum forçado, onde milhões de brasileiros passam fome. A carne desapareceu das mesas, sobrando apenas os ossos.
Ao mesmo tempo, o não consumo de carne, por opção, tem aumentado através da prática do vegetarianismo e veganismo entre a população. Principalmente entre os jovens. Mas a proteína vegetal também custa caro!
Solidariedade na mesa e fora dela
Conversando com um amigo, padre e acadêmico radicado em #Roma, sobre as origens dessa tradição, pensamos juntos em como tornar da prática uma ação solidária. Para quem consome proteína animal e também para quem prefere outras formas de proteína vegetal.
Que tal não comer carne – ou algum alimento que gostamos – uma vez por semana e doar o valor equivalente para obras sociais durante a Quaresma? Ajudar a saciar a fome de alguém?
Há muita gente com fome, com sede, com frio e necessitando de cuidados e atenção. Faça a sua parte, doe. Doe-se.
Nota da Autora:
- 19 milhões de brasileiros passam fome no Brasil
- 43 milhões de brasileiros sobrevivem com restrição de alimentos
- 116,8 milhões de brasileiros vivem a insegurança alimentar
(fonte: #RedeBrasileiradePesquisaemSoberaniaeSegurançaAlimentareNutricional, 12/2020)
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