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Mães

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Foto: Arquivo pessoal

Por Lilian Schiavo

O amor de mãe por seu filho é diferente de qualquer outra coisa no mundo.

Ele não obedece lei ou piedade, ele ousa todas as coisas e extermina sem remorso tudo o que ficar em seu caminho.

Agatha Christie

Concordo plenamente quando dizem que #Diadasmães é todo o dia, e que amor de mãe é incondicional. Sei que a data é extremamente importante para o comércio varejista assim como para os restaurantes que ficam lotados.

Fui pesquisar a origem da data e descobri uma história de mãe e filha: nos Estados Unidos, #AnnJarvis foi uma ativista que dedicou s na vida ao trabalho social e criou o Mother’s Day Work Club, uma instituição com o objetivo de disseminar técnicas de higiene e saneamento para diminuir a mortalidade infantil .Durante a #GuerradeSecessão, Ann Jarvis socorreu os soldados feridos, sendo que após o término do conflito, o clube de mães criou o Mother’s Friendship Day (Dia das Mães pela Amizade), uma data para celebrar a paz entre as famílias dos soldados que lutaram de lados diferentes.

Ann Jarvis faleceu em 9 de maio de 1905. Sua filha, Anna Jarvis queria homenagear sua mãe e dedicou vários anos de sua vida para criar uma data comemorativa que homenageasse todas as mães. Em 1914 o #CongressoAmericano estabeleceu o segundo domingo de maio como a data para celebrar o Dia das Mães e, no Brasil a mesma data foi oficializada através de um decreto assinado em 1932 no governo de #GetúlioVargas.

Sem dúvida, uma história de engajamento e luta das duas mulheres. Uma história de idealismo, compaixão, empatia, reconhecimento e gratidão.

Lembrei da minha mãe, a Dra. Olga, uma mulher à frente do seu tempo, uma médica formada pela #USP em 1954. Uma feminista divertida, que usava blusas psicodélicas transparentes, óculos gigantes e cabelos curtos encaracolados, Uma mãe que me presenteava com livros e me dizia com toda autoridade que eu era livre para escolher meu caminho, mesmo que não fosse exatamente o que ela queria.

E foi assim que cresci, uma rebelde feliz. A filha que escolheu cursar arquitetura numa família que só tinha médicos, a que casou com um italiano numa família de samurais, a que gosta de desafios, a que trilhou caminhos totalmente inesperados e viajou por lugares exóticos.

Atualmente, minha mãe mora no céu e faz muita falta. Todos os dias agradeço por ser sua filha.

Tem dias que me pego conversando com ela, tem dias que acordo e me assusto ao encontrá-la no espelho; estou igualzinha a ela. Em dias nublados lembro que ela dizia que me amava tanto que poderiam me colocar dentro dos seus olhos e não iria doer. Nessas horas, eu ainda criança, pensava: se um cisco incomoda tanto, imagina um objeto maior…

É, mãe tem dessas coisas… Inventam declarações inimagináveis, amam de um jeito inexplicável e fazem coisas mirabolantes para ver os filhos felizes.

Baita orgulho da minha mãe! Ela me ensinou a lutar, a não desistir, a acreditar. Quando eu caía ela ria, só para mostrar que ao invés de chorar eu devia rir junto e levantar, sem dramas ou reclamações. Afinal, a vida não é fácil para ninguém.

É, o dia das mães merece ser comemorado! Tenho certeza que enquanto lia este texto você se identificou como mãe ou como filha, afinal, mudam os nomes, mas os sentimentos de gratidão e amor são iguais.

Mães erram, exageram, mas tudo com a melhor as intenções. Ser a melhor que já existiu!

Foto: Elis Magalhães

Lilian Schiavo é presidente da #OBME

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