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Artistas ou atletas? Corredores e ciclistas usam GPS para fazer arte

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Com a ampla disponibilidade de dispositivos aptos a captar sua posição no mapa e de aplicativos capazes de mostrar toda essa movimentação em tempo real, um hobby incomum tem ganhado popularidade ao redor do mundo, a “arte GPS”.

A prática, que usa o Sistema Global de Posicionamento (GPS), teve sua criação atribuída a norte-americana Janine Strong, mas já tem diversos adeptos ao redor do mundo.

Strong, que ama andar de bicicleta, percebeu que seria possível traçar rotas pelas ruas da cidade desenhando formas digitalmente através de aplicativos como Strava, Nike Run Club e MapMyRide; e em uma de suas publicações mais recentes, recriou uma das obras mais icônicas da história da arte: “Moça com o Brinco de Pérola”, de 1665, do artista neerlandês Johannes Vermeer.

Assim, ao invés de apenas andar em círculos em um parque ou seguir um caminho quase que aleatório – como fazem a maioria das pessoas, a artista planeja suas corridas seguindo as mais diversos formas, “desenhando” animais, símbolos, palavras e até obras de arte, como a de Vermeer.

Mas a estadunidense não está sozinha. Ao redor do mundo, outras pessoas também já são adeptas da prática; inclusive aqui no Brasil. No Rio Grande do Norte, Gustavo Lyra já correu para desenhar o rosto de John Lennon e já passou quase 9 horas percorrendo uma rota para comemorar o aniversário de cinco anos da filha, criando uma arte usando a Elza, do filme “Frozen”.

A modalidade de arte já tem até a sua própria categoria no livro de recordes do Guinness. Segundo o jornal The Guardian, o maior desenho já registrado é de um casal, que percorreu mais de 7.200 km ao redor do continente europeu, desenhando uma bicicleta no mapa com uma altura de quase 1.000 km.

Sobre a prática, cada criador tem o seu próprio método. Há quem imprima os mapas e faça os desenhos sobre para então percorrer a rota; há que faça o traçado digitalmente, transfira para o Kindle, e utilize o leitor como referência na hora da atividade.

Para alguns deles, o inesperado é parte da beleza. Para Gene Lu, que começou a fazer seus primeiros desenhos de “arte GPS” em 2013 em homenagem a série “Game of Thrones”, “o louco é que você meio que não sabe para onde o mapa o leva; você apenas vai na onda”.

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