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Por Cindia Regina Moraca
#Eudaimonia é um conceito da filosofia traduzido por felicidade ou bem-estar, um “estado de plenitude do ser”
A eudaimonia era considerada um “dom” que dependia da vida que a pessoa levava sendo feliz, suscetível aos próprios contratempos do viver. No início, as redes sociais foram analisadas pelo viés do #hedonismo (o prazer com o propósito da vida) pela resposta imediata do cérebro, via #dopamina liberada com as “curtidas”, mas o passar dos anos expôs os danos e prejuízos que advém do vício #nomofobia e da auto exploração como prova da felicidade, então passamos a avaliar a #eudaimoniadigital.
Com a distorção da percepção do tempo e mudanças no comportamento, hoje não temos mais o vazio do elevador ou a tristeza da solidão, já que as #redessociais preenchem todo o espaço, distraem a carência e permitem extravasar as frustrações, que podem levar a condenações judiciais quando o direito de ser ofensivo excede a liberdade de expressão. Quando interpretamos felicidade como diversão, notamos que nunca foi tão fácil “estar feliz”, pois o entretenimento é onipresente na #internet.
O mundo está mais violento e incompreensível e as redes sociais aumentam a discórdia, mas também são instrumentos de reencontros familiares, negócios, aprendizados e até romances. Nunca houve tanta informação disponível, jamais tivemos tantos mecanismos para obter a eudaimonia.
Sabendo usar, evitando a criação de personagens e cenários para mostrar uma felicidade irreal, escapando da influência negativam de falsos gurus e atentos aos golpistas digitais, certamente as redes sociais são fontes de boas conexões e desenvolvimento humano. O mais difícil é saber se estar preenchido de imagens, textos, sons e informações realmente nos leva à eudoimonia ou a esgotamento mental.
A ver.
Cindia Regina Moraca é Advogada e Pesquisadora em Comportamento Digital/redes sociais
@cindiarm
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