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Por Rita Fernandes
Olho o rosto da menina
Puro, meigo e sensível
E penso num tom ameaçador
Que ao crescer a saudade do ontem pode chegar
Porque o melhor de ser pequena
É não saber o peso de ser grande
Corre a pequena e joga as pedras
Sem sequer imaginar o perigo que há
Porque nos gestos simples e desapercebidos
Se encontra a melhor parte de ser quem ela é
Sorri sem pressa a criança
Sem um motivo evidente , ela é feliz
Sendo ela mesma e sem querer ser a outra
Ele se dispõe a ser sem medo de errar
O crescer nos impõe uma forma
Que reforma e por vezes deforma
A pressa de que esta criança não cresça depressa
É ter a certeza que o melhor de mim mesma
Está dentro dela
Rita Fernandes é mestre em Filosofia, graduada em direito. Escritora pernambucana, consultora, palestrante. Colunista da Revista Nova Família
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