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Por: Lilian Schiavo
Às vezes ouço uma música e tenho a impressão que entrei no túnel do tempo, sou transportada para o passado e chego a sentir os aromas e sabores da infância.
Lembro do cheiro de grama molhada após a chuva, da sensação divertida de molhar os pés nas ondas do mar, do algodão doce colorido que parecia tão gostoso e hoje me dá arrepio só de pensar na quantidade de açúcar e nos seus efeitos glicêmicos.
Penso na santa paciência do meu pai quando eu pedia um elefante cor de rosa de verdade, um cavalo com asas ou um dragão bonitinho para criar no quintal. Ao invés de caçoar, ele mansamente explicava que não era possível, primeiro porque eles não existiam, segundo porque nossa casa não comportava um zoológico.
Sou muito grata por ter tido pais que me ouviam sem censura, sem ter ataques de risos. Minha mãe vivia numa espécie de mundo paralelo onde tudo era possível, a vida dela daria um livro sobre superações e feitos inimagináveis…só assim para entender tamanha compreensão com os sonhos divertidos da filha.
Como você era quando criança? Quais sonhos povoavam sua cabeça? Pode ser que você quisesse ser uma malabarista de circo, uma astronauta ou dançarina de tango.
Com a ingenuidade infantil, eu sonhava com asas para voar, superpoderes, capa da invisibilidade e habilidade para ler a mente humana.
Pensando bem, eu devia ser uma figura!! Uma japinha com pernas finas, bochechas enormes, olhos apertados e uma criatividade transbordante.
E você? Como era quando pequena? Toda menina sonha com algo, pensa no que vai ser quando crescer, de um jeito desprovido de lógica, maturidade ou análise da realidade.
O problema é que crescemos e a vida endurece, passamos a enxergar as enormes dificuldades do cotidiano, aprendemos a enfrentar os leões e descascar abacaxis.
E nessa rotina sufocante os sonhos vão sendo enterrados e esquecidos, a luta é pela sobrevivência.
Aquela menina se transforma numa mulher adulta, com direitos e deveres, com responsabilidades, com família para cuidar, com uma pilha de afazeres domésticos e profissionais.
A questão é que esta mulher adulta carrega dentro dela aquela menina que de vez em quando teima em aparecer, pode ser em sonho, pode ser na hora que você desliga o automático e reflete sobre a sua vida.
Você está feliz e realizada ou triste porque se perdeu no meio do caminho?
Calaram sua voz? Disseram que era impossível, que o melhor era desistir? Te chamaram de megalômana?
A boa notícia é que você é a dona do seu nariz, protagonista da própria vida.
Você tem o poder de ignorar os descrentes e corrigir a rota, retomar seu sonho e ouvir o seu coração, você pode acordar e acreditar em si mesma, redescobrir seus dons e talentos.
Você pode começar a partir de hoje!
Lugar de mulher é onde ela quiser e você pode realizar o sonho daquela menina que habita nas suas lembranças e no seu coração.
Acredite!
“Se você consegue sonhar algo, consegue realizá-lo!” Walt Disney
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