Compartilhar é se importar!
O clima no nosso planeta já vive nos seus extremos: ora são secas imprevisíveis, ora chuvas que tudo alagam e destroem. Temperaturas muito altas ou muito baixas; as calotas polares derretendo e elevando o nível dos oceanos. E tudo por conta da forma como homem trata o seu planeta. E, essa é a verdade, de como nós nos portamos em nossas casas.
Diva Ferreira é uma dona de casa da cidade de Embu das Artes, no Estado de São Paulo. Ela, como todos nós, critica as autoridades e as grandes indústrias pelas agressões ao meio ambiente. Mas com uma diferença. Ela entende também o seu papel na preservação do planeta. Sabe que a solução do problema está também no nosso dia a dia, na nossa casa e não apenas nas fábricas e gabinetes governamentais.
“Aqui na minha cidade, ou melhor, nesta rua em que moro, não há coleta seletiva de lixo, como acontece na maioria das regiões metropolitanas das grandes cidades, mas, eu e meu marido separamos o lixo e levamos no nosso carro às cooperativas de reciclagem da região”, diz ela.
Formando gerações futuras
Infelizmente, nem todo mundo está disposto ou tem tempo para fazer isso, mas Diva diz que o trabalho vale à pena. “Fazendo isso, nós damos o exemplo, formamos a geração futura para ter essa preocupação com o ambiente. Essa geração, a dos meus netos, vai ser a geração que estará no governo ou nas indústrias, no comércio no futuro. Se as pessoas dessa geração mantiverem essa preocupação, porque estão acostumadas a isso, certamente tratarão melhor o nosso planeta, garantindo a sua existência”, diz.
Na realidade, atitudes como essa, que destinam os resíduos domésticos às cooperativas de reciclagem, acabam gerando benefícios não apenas ao meio ambiente, mas também facilitam a inclusão social, incentivando o trabalho das cooperativas de catadores.
Reciclar não é tudo
O exemplo de Diva é muito bom. Mas, é preciso lembrar que reciclar é apenas uma parte do processo de sustentabilidade. O termo sustentabilidade é usado para definir atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais das pessoas, sem comprometer o futuro das próximas gerações. E isso inclui todas as nossas atividades e ações, tudo o que usamos para nosso lazer, transporte, trabalho, vestuário e alimentação.
Por isso, entidades ligadas ao processo de sustentabilidade, criaram algumas regras práticas de consumo consciente, mostradas no quadro abaixo. Estas regras foram chamadas de os 3 Rs: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Note que a reciclagem é o último R. Isso porque é muito importante antes, reduzirmos aquilo que usamos; em seguida reutilizar aquilo que já usamos; e, por último, reciclar aquilo que não pode mais ser reutilizado.
O exemplo de reutilização também está presente na casa da Diva, no Embu. Tijolos, móveis e madeiras, em grande parte, foram adquiridos de depósitos de materiais de demolição. Ela também guarda óleo usado na cozinha para produzir o sabão com que lava a louça. É um exemplo de sustentabilidade, mas garante que ainda dá para fazer muito mais. Vamos nos inspirar nela?
Os três Rs do consumo consciente
Antes de reciclar, é necessário pensar também em reduzir o consumo de materiais pouco sustentáveis, adotar medidas que reduzam o uso de água e de energia elétrica, por meio de reaproveitamento e geração de energia solar, cujos equipamentos domésticos têm preços acessíveis e substituem, principalmente no verão, as formas mais comuns de aquecimento da água (gás ou eletricidade). O aquecimento solar traz também economia na conta de luz do usuário, já que o sol, pelo menos por enquanto, é de graça. Veja, abaixo, as regras práticas do consumo consciente:
Reutilizar
- Costurar ou transformar em outra peça uma roupa danificada ou rasgada, como por exemplo, transformar uma calça em uma bermuda.
- Doar objetos ou dispositivos antigos como computadores, impressoras e monitores para que outras pessoas os utilizem.
- Transformar potes e garrafas de plástico em vasos de plantas.
- Usar as duas faces do papel para escrever ou usar folhas impressas apenas em um lado como papel de rascunho.
- Consertar móveis quebrados ou doá-los para outras pessoas.
- Usar a água da lavagem de roupas para lavar o quintal.
Reduzir
- Usar racionalmente a água: não desperdiçar, tomar banhos curtos, não usar água para lavar a calçada, fechar a torneira quando estiver escovando os dentes, não deixar que ocorram vazamentos na rede de água etc.
- Economizar energia: usar aquecimento solar nas casas, apagar as lâmpadas de cômodos desocupados, usar lâmpadas fluorescentes, tomar banhos curtos etc.
- Economizar combustíveis: fazer percursos curtos a pé ou de bicicleta. Isso gera economia, faz bem para a saúde e ajuda e diminuir a poluição do ar, além economizar todos os recursos que são utilizados na produção, transporte e comercialização de combustíveis.
Reciclar
- Separar em casa o lixo orgânico do lixo reciclável. Este deve ser encaminhado para pessoas que trabalham com reciclagem ou empresas recicladoras.
Compartilhar é se importar!