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A vida como ela não é

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Virginia é jornalista e encalhada profissional como se auto define! E como uma brasileira, não desiste de encontrar uma pessoa especial. E enquanto isso não acontece, se envolve (ou não!) Com homens errados e certos, depende do ponto de vista! Cronista natural, algumas vezes, como ela mesma diz, fantasiando, aumentando e inventando um pouco para garantir boas risadas e uma certa moral à história. E a pergunta que não quer calar: Por que ler o que ela escreve? E porque não?

Meu nome é Virginia, tenho 46 anos e sou jornalista. Sou uma mulher inteligente, interessante, moderna e divertida. Estou à procura de uma pessoa especial e companheira…. Esta foi (e ainda é!), minha descrição nos principais sites de relacionamentos do Brasil e do mundo. É com esta sinceridade dolorida que eu me apresento. E deve ser por isso que até hoje não tenha tido “sucesso” nesta minha missão, quase que impossível, de encontrar um grande amor pela internet.

Amor, amor, amor, este sentimento tão nobre, até hoje não encontrei não, mas, em compensação, já encontrei e vivi muitas aventuras e desventuras que compartilho agora com vocês.

Há tempos, acredito que a internet é mais uma ferramenta para promover encontros entre pessoas que, teoricamente, buscam algo em comum, seja um grande amor, uma aventura sexual proibida e /ou amizades. Isso é um fato. A globalização chegou e dominou os relacionamentos, tanto para o bem como para o mal…. Basta saber como utilizar esta ferramenta.

E, hoje, não se pode menosprezar o poder desta ferramenta. Sites de relacionamentos, redes sociais, Instagram da vida…. Todos ajudam e, consequentemente, também atrapalham! Desde sempre apostei na net como uma espécie de facilitadora de encontros, só isso… e que, a partir daí tudo transcorre normalmente como se fosse uma festa de amigos em comum, uma balada convencional. Acaso! E, em todas essas opções, são necessários os tais “filtros pessoais”. Pode ser o filtro da idade, da aparência e até o grau de instrução. Para mim, depende muito do meu momento!

Solteirices à parte sempre tive muita coragem nos meus relacionamentos e afins…. Se joga, garota! Ops… Cuidado para não se machucar… – estes sempre foram meus “lemas”. Obviamente mais batidos do que bifes de carne de segunda! Só que eu ainda tenho o agravante de não aprender com meus erros! O bom é que sempre me divirto!

O segredo é não perder o bom humor!! Nunca! E, de quebra, ver sempre o lado bom da coisa, porque só assim podemos rir de nós mesmos! Eu sei do que eu estou falando! Só depois que acaba, que o “encontro” termina e você tem um clique de lucidez, o mínimo que se pode esperar é que se tenha aprendido algo. Só que não! Veja esta história! (Os nomes e locais foram mudados para preservar os envolvidos! Como se fosse necessário preservar. Preservar de que??)

E num desses momentos, conheci o Rogério numa sala de bate papo de cinema… Papo vai, papo vem, dia vai, dia vem… Messenger…. Muitas mensagens via torpedo (lembro que tinha acabado de comprar um celular que tinha um tecladinho…. Última moda! Tinha uma musiquinha irritante! Tenho até hoje!!) Divertido, inteligente, sabia se expressar (isso é muito importante no mundo virtual: saber escrever e rápido!) … enfim, muita conversa e pouca ação…. Fotos, promessas e nada de encontros reais…. Até aí, normal… Eu com minha inexperiência com o mundo virtual não tive o discernimento para saber que estava prestes a me ver diante de uma situação que, agora, depois de anos de experiência (nem tantos assim, vai?), resolvi apelidar de “alerta rosa”, que antecede, numa escala colorida imaginária e totalmente inútil, ao “alerta vermelho”.

Depois de algum tempo, decidimos nos encontrar no Pub Dublin… lembro até hoje a roupa que usei: um vestido cinza (lindo!). Lembro porque nunca uso vestido. E caprichei neste dia; usei também uma camélia lilás na gola, o que dava um ar moderno e charmoso! Estava me sentindo irresistível…Empolgação total!

Tínhamos trocado algumas fotos, mas o “ao vivo e a cores” sempre é diferente….

Segundo ele, estava vindo direto de uma ponte aérea…  “Sem expectativas”, pensava. Como se isso fosse possível!

Lembro que o achei lindo e muito charmoso. Camisa social, meio estou vindo do aeroporto só para te ver, gata!

Social chique, estilo happy hour! Lindo!

Pelo que percebi, ele também gostou de mim, elogiou minha camélia.

Ele estava com “dor nas costas”, o que não impediu nossa conversa animada e com muitos sinais de que a tal química aconteceu. Pedimos uma entrada de hambúrguer (mal sabia ele que não como carne!! Mas disfarcei bem, dizendo que já tinha jantado e etc….). Whisky para ele e água para mim.

Brindamos, claro, à paz mundial

Esta é outra história… sempre brindo à paz mundial, pois assisti um filme em 1900 e bolinha chamado “Feitiço do tempo”, onde o personagem ranzinza ficava preso no mesmo dia até aprender a dar valor às pequenas coisas… e o brinde do casal deste filme era à paz mundial. È um tipo de ritual… brindo à paz mundial e (como as misses!), e mais alguma coisa!

Hoje, continuo brindando à paz mundial, mas sem citar o nome do filme… quem sabe encontro alguém tão detalhista como eu e que tenha assistido também o filme … destino, sei lá….

Dançamos, música ao vivo, rock pop mundial, U2 etc…. (Aliás, recomendo o local) beijo vem, beijo vai… A química foi ótima! Lembro até de uma mão boba na fenda do vestido …, mas nada além do comum num lugar como aquele…

De repente, não mais que de repente, ele encontra uma conhecida, não me apresenta e começa a dançar com ela, como se eu não existisse. Como todo mundo dançava com todo mundo, não reparei no começo…. Pensei que era algo estratégico, sei lá o que me passou na cabeça…

Mas a cena começou a ficar hilária… umas 4 pessoas entre nós dançando… e quanto mais eu ia tentando chegar mais perto, parece que ele ia mais longe… hoje vejo assim, dou até risada lembrando, mas na hora, foi chato, muito chato.

Fiz de tudo para entender…

Fui no banheiro e fiquei esperando ele ir atrás. Mandei torpedo e fiquei esperando resposta…. Fui embora sem me despedir, pois ele me ignorou!

Ah! Neste dia, teve uma ação de marketing e distribuíram vários chantilis, desses de latinha, comestíveis… e os dele ficaram comigo (eram uns 10 frascos).

Quando sai, mandei mensagem e até fiquei esperando uns minutos no estacionamento, no carro para ver se ele saia. Não tínhamos combinado nada, mas pelo andar da carruagem, ou melhor, pelo andar da tal química, ia rolar “algo mais”…. Mas não rolou…. No dia seguinte, ele veio com um papinho que encontrou a filha do cliente e que não era legal ela ver que ele estava com alguém…

Como se não bastasse, eu ainda dei trela para esse cara!!  Mas, fazer o quê…. Estava interessada…

Um tempo depois, após várias mensagens e telefonemas no meu celular de última geração com teclado (Demais!), resolvemos ir aos “finalmente” porque não teríamos tempo de sair para jantar ou teatro e depois algo mais…. Marcamos em um Motel novo, na Ricardo Jafet, que na época era novo… Ele quem escolheu, era novidade.

Adorei o fato dele ter escolhido. “ Nossa, que fofo! Ele escolheu onde vamos! ”, pensava, toda animada!! Doce ilusão!

Liguei, reservei a melhor suíte, fiz uma megaprodução, com compras de tábua de frios, bebidas (como não sabia muito o que ele gostava, levei cervejas note – no plural, ou seja, várias marcas; vinho, vodca com energético, refrigerantes, água, etc.), pétalas de rosas vermelhas, cremes para massagem (afinal ele estava com dor nas costas!), venda comprada em sexy shop… Juro, foram duas caixas de produção!

Ele estava vindo do Rio e marcamos direto no local.

Lembro da minha roupa: calça de alfaiataria e camisa branca… linda! Pedi até o carro emprestado da minha irmã porque o meu Floquinho era velho e podia dar problemas mecânicos em pleno motel, imagina?

Tivemos dificuldades por causa dos dois carros. Nem todo motel tem duas vagas na garagem das suítes… mas deu tudo certo. Esperamos a suíte ficar pronta no carro e já rolou. Ele era carinhoso, atencioso, apaixonável.

Cansaço, banho, e rala e rola… lembro que ele tinha uma característica diferente: gritou na hora de ejacular! Não foi um gritinho não… foi muito alto! Pensei até que o pessoal do motel viria checar o que tinha acontecido…. Mas o melhor (ou pior!), da noite ainda estava por vir.

Depois, quando a coisa ia começar de novo, diz ele que não viu uma ligação perdida no celular do trabalho…

Ele pega o telefone em plena suíte de motel, tipo meia noite de sexta feira e liga retornando para a tal pessoa e começa a falar de trabalho. E, depois desta suposta “conversa” (hoje eu acho que não tinha ninguém no telefone!), ele teve que ir embora, alegando problemas no trabalho.

Fiquei sem ação! Mas como sou educada e chegamos em carros separados, ele foi embora. E, surpresa: NÃO pagou a conta total do motel pagou só metade!!

E tinha tanta coisa para comer, recolher, gel, morangos, vinho, gelo. Terminei a noite sozinha, assistindo o Jô Soares, com um monte de comida e bebida!

Hoje, só rindo mesmo!!

E ainda tive que   pagar uma taxa extra, por causa da mancha das pétalas vermelhas no lençol!! Surreal. Depois disso ele sumiu!

Lembrei dos chantillys e revolvi mandá-los via correio pois sabia onde ele trabalhava. Coloquei todos numa caixa, com papel celofane, no capricho, coloquei um cartão dizendo: Seja feliz e mandei via Sedex! Queria ser uma mosquinha para ver a cara dele quando recebeu!!

 Nunca mais vou esquecer este Rogério. O que aprendemos? #fica a dica: não transe em cima de pétalas de rosa! Elas mancham tecidos!! Moral da história: Me conta você!

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