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Abril Azul: Promovendo inclusão e conscientização sobre o autismo nas escolas

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Segundo dados da OMS, uma em cada 160 crianças no mundo é diagnosticada com TEA.

Fonte/Imagem: Escola Eleva Brasília

Criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o propósito de conscientizar as pessoas sobre o autismo e dar visibilidade ao Transtorno do Espectro Autista (TEA), o Abril Azul levanta o debate sobre a importância de disseminar informações precisas e desmistificar estigmas associados a esse transtorno neurológico. Essa inclusão não apenas garante oportunidades iguais, mas também contribui para a diversidade e a integração social dentro do ambiente escolar. Segundo dados da OMS, uma em cada 160 crianças no mundo é diagnosticada com TEA.

O autismo é um transtorno neurológico complexo, que afeta o desenvolvimento social, comunicativo e comportamental de uma pessoa, além de apresentar padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. No Brasil, o levantamento de pessoas com TEA foi oficialmente incluído no censo demográfico de 2020, uma medida estabelecida pela Lei n°. 13.861, de 18 de julho de 2019.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estima-se que aproximadamente 1% da população brasileira esteja no espectro do autismo. Além disso, pesquisas revelam uma preocupante tendência de aumento na prevalência do autismo em crianças nas últimas décadas, uma a cada 36. Esses dados evidenciam a importância de políticas públicas eficazes e de investimento em recursos para atender às necessidades crescentes para um ensino de qualidade e equitativo no país.

De acordo com Maria Clara L. Chehin, neuropsicopedagoga e coordenadora de suporte ao aluno da Escola Eleva Brasília, que faz parte do Inspired Education Group, é crucial que as escolas realizem a capacitação de seus profissionais para atender essas crianças. “Os maiores desafios que as crianças com autismo enfrentam no contexto escolar são conseguir acompanhar o currículo junto com o ensino regular e socializar com as outras crianças, além de, claro, muitas vezes enfrentarem professores que não são capacitados para instrumentalizá-los, por falta de formação”, explica Chehin.

A neuropsicopedagoga explica que a Eleva desenvolveu uma coordenação voltada para formar professores e toda a equipe que lida com crianças que precisam de diferenciação para auxiliá-las nas adaptações. Para isso, utilizam um plano educacional individualizado, além de outras ferramentas para auxiliar alunos no espectro autista. “Desenvolvemos uma disciplina que é liderada e supervisionada por uma psicóloga, com um currículo voltado para o socioemocional que, entre suas atribuições, auxilia as crianças a conviverem em um espaço diverso e a compreenderem o que é equidade”, pontua.

Fonte/Imagem: Escola Eleva Brasília

Os sinais de alerta do autismo podem variar amplamente, mas incluem dificuldades na comunicação, interações sociais atípicas e padrões de comportamento repetitivos. Reconhecer esses sinais precocemente é fundamental para proporcionar intervenção e apoio adequados. No entanto, muitas vezes, a falta de compreensão e sensibilização sobre o autismo pode fazer com que pais/responsáveis e educadores em geral subestimem esses sinais, o que resulta em desafios no processo educacional.

Segundo Maria Clara L. Chehin, o encaminhamento de uma avaliação é sempre delicado quando é feito por parte da escola. “Primeiro, porque não podemos sugerir ou dar uma hipótese diagnóstica, só quem pode fazer isso é o especialista que atende no consultório para avaliação. Geralmente, quando a criança não chega na escola já com o laudo, os primeiros sinais são vistos aqui. Então, nosso papel é levar para a família pontos de atenção que identificamos, seja comportamental ou acadêmico. Nosso papel é orientá-los de que o melhor seja procurar um especialista”, salientou a neuropsicopedagoga.

Os desafios enfrentados por alunos autistas nas escolas podem ser multifacetados. Desde a adaptação a ambientes sensorialmente estimulantes até a compreensão de instruções complexas, essas crianças frequentemente enfrentam obstáculos que requerem abordagens educacionais diferenciadas. Além disso, a integração social pode ser uma área particularmente desafiadora, pois interações sociais sutis podem ser difíceis de compreender.

O Abril Azul surge como uma oportunidade para aumentar a conscientização sobre o autismo e destacar a importância da inclusão nas escolas. É uma chance de educadores, familiares e comunidades unirem esforços para promover uma cultura de aceitação e compreensão. A inclusão de alunos autistas não apenas enriquece a experiência educacional de todos os envolvidos, mas também prepara as crianças para viverem em uma sociedade que celebra a diversidade em todas as suas formas.

Bullying nas escolas

O bullying contra pessoas autistas nas escolas é uma realidade preocupante que requer atenção e ação imediata. Devido às suas dificuldades sociais e de comunicação, os alunos autistas muitas vezes se tornam alvos de bullying, sofrendo abuso verbal, físico e emocional por parte de colegas. Essas experiências traumáticas não apenas prejudicam o bem-estar emocional e o desenvolvimento acadêmico dos alunos autistas, mas também podem levar a consequências de longo prazo para sua saúde mental e socialização.

Entretanto, embora o bullying contra pessoas autistas seja uma preocupação significativa, é importante reconhecer que esse problema não se restringe apenas a esse grupo. A prática é uma realidade para muitos alunos por uma variedade de razões, incluindo sua aparência, origem étnica, orientação sexual ou habilidades acadêmicas.

No Brasil, o dia 7 de abril é a data em que se comemora o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola. Aproveitamos esse dia para conscientizar e agir em relação a esse grave problema enfrentado por estudantes em todo o país.

Fonte/Imagem: Escola Eleva Brasília

Pensando nisso, muitas escolas têm desenvolvido políticas de tolerância zero contra o bullying, a promoção de uma cultura de respeito e inclusão, a exemplo do que é realizado pela Eleva Brasília, como explica o diretor da escola, Lucas Garcia. “Realizamos reuniões regulares com os pais para discutir questões relacionadas ao bullying, compartilhar estratégias e ouvir suas preocupações. Eventos e workshops são organizados para conscientizar os pais sobre o impacto do bullying e como apoiar seus filhos. Incentivamos a participação ativa dos pais em comitês e grupos de trabalho dedicados à segurança escolar. Como uma escola que tem a bondade como um dos seus valores, nós promovemos constantemente a empatia e a capacidade de se colocar no lugar do outro”, afirmou Garcia.

Ainda de acordo com o diretor, a escola realiza assembleias com palestras e debates para educar os alunos sobre os efeitos negativos do bullying e a importância do respeito mútuo. Além disso, oferecem treinamento específico para professores e funcionários sobre como identificar, prevenir e intervir em casos de bullying, incentivando a comunicação aberta entre colegas e a equipe de apoio.

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