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As redes sociais e nós

Compartilhar é se importar!

O que o like nosso de cada dia nos faz hoje…

Por Madalena Marques

Estudiosos de todo o mundo têm se dedicado a pesquisar os efeitos das #redessociais em nossas vidas. Mais especificamente os sentimentos que elas fazem emergir em nós. Segundo alguns, ficar horas a fio olhando fotos de outras pessoas, em situações e lugares maravilhosos, pode causar desconforto emocional.

Será verdade? Sim, é verdade.

E por que isso acontece? Isso ocorre quando estamos em desiquilíbrio. Quando algo em nós mesmos não está bem e não nos damos conta.

Tudo parece normal e aceitável, afinal todo mundo sente, não é? Errado.

Ao visualizar, através da #internet, momentos explícitos de pessoas felizes, bem sucedidas e bonitas, imediatamente ocorre uma comparação com o que vivemos. Sensação esta que, mal interpretada ou elaborada, pode desencadear sentimentos de inferioridade.

É claro que isso não ocorre com todo mundo, nada pode ser generalizado quando tratamos de sentimentos. Porém, muitas pessoas sofrem e não param para pensar nos porquês disso. Só conseguem “reagir” postando mais imagens de uma felicidade artificial, dia após dia.

Por exemplo no #Instagran, que tem a “função” de criar fotos deslumbrantes e registrar momentos inesquecíveis. A autopromoção dispara, tornando o mundo das redes sociais cada vez mais fantasioso.

Em geral, nas redes sociais só compartilhamos o legal, o bonito de se mostrar.  Ninguém posta que está com a conta negativa no banco, que seu casamento está péssimo e que engordou três quilos no último fim de semana, não é?

Em alguns casos, a discrepância entre as postagens e a realidade preocupa

Por que incomoda a alguns -e não são poucos que têm esse sentimento-  a fotografia de um amigo num barco em Angra? Passeando em Paris? Sorrindo com a família num almoço de domingo? Abraçado ao seu cão num dia ensolarado ao ar livre?

O que falta na minha vida?  Amigos? Sorrisos? Almoços de domingo?

Por que esses prazeres não acontecem para mim? São perguntas que devemos nos fazer, se quisermos dar um passo à frente.

Já me perguntaram se as redes sociais causam #depressão. Acredito que não.

A depressão nos rouba a capacidade de trabalhar, estudar, correr, dormir, se divertir, o nosso dia a dia é anulado. Os sentimentos de solidão, desesperança, inutilidade e culpa são intensos e quase não há alívio…

Com os sentimentos negativos surge o desinteresse pela própria vida. A pessoa acredita que não conseguirá superar essa situação e deixa de fazer planos para o futuro. Nesse quadro de depressão, a pessoa não tem interesse pela vida do outro, falta energia, vontade, motivação para qualquer situação ou atividade.

Diante disso, creio que as redes sociais não causam depressão, mas podem despertar sentimentos de inferioridade, que merecem atenção. Principalmente se os momentos em que me sinto inferior são frequentes.

Por outro lado, as redes sociais proporcionam momentos maravilhosos

Possibilidades de felicidade impensáveis para as gerações passadas. Eu mesma reencontrei inúmeros amigos e isso desencadeou tanta coisa boa…

Tantos diálogos interrompidos puderam ser retomados, anos mais tarde! Antes e agora durante a #pandemia, quantos pais, mães, filhos, netos, tios e amigos acompanham a vida de seus amados pelas redes sociais? Quanta alegria, sorrisos e emoções pode ser compartilhada instantaneamente com quem está distante?

Como já comentado acima, nem tudo que vemos nas redes sociais retrata a realidade. Porém, a questão a ser debatida é por que a felicidade ou aparente felicidade do outro gera sentimentos de inferioridade em mim.

O que falta em minha vida? Como eu estou lidando com os meus próprios sentimentos, limites e angústias?

Muitas vezes, nos identificamos por oposição ao outro

eu não sou o que ele (a) é”.

É natural do ser humano, mas o melhor caminho para se livrar dessa sensação de inferioridade é o autoconhecimento. Entender nossas angústias, aceitar nossos limites (e porque não, tentar ultrapassá-los!), compreender nossos sentimentos.

É importante refletir: estamos deixando de viver? Por que estamos deixando a vida para depois? Para amanhã, o próximo final de semana, para o mês que vem?

Talvez as redes sociais sejam o espelho que nos aponta o que não devemos deixar para depois. Que agora seja a hora de ir à praia, visitar um amigo, sair com o cãozinho, combinar um churrasco de domingo, visitar avós e pais. Todos vacinados e de máscara!

O desconforto deixará de existir na medida em que assumimos ser protagonistas de nossas próprias vidas

As redes sociais vieram para ficar e o problema não está nelas. Está no uso que fazemos delas. No quanto estou ou não bem resolvido comigo mesmo.

Um questionamento que julgo ser sempre importante fazer. Lanço-o aqui:

Quanto do meu dia eu dedico a ficar conectado?

Dedique menos tempo às redes sociais.

Viva mais a vida real do que a vida virtual!

Foto: Arquivo Pessoal

Madalena Marques é psicóloga formada pela #Umesp -Universidade Metodista de São Paulo, especializada em atendimento para adultos (presencial, em seu consultório em #AldeiadaSerra, #SãoPaulo, ou virtualmente no #Brasil, e atendendo brasileiros que vivem no exterior). Colunista da Revista Nova Família.

email: madalena_marques@terra.com.br

cel: 11 982775734

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