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Como virar a chave e mudar os caminhos

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Michele Vitor

A temporada de fim de ano faz com que as pessoas reflitam, façam um balanço de suas vidas, avaliem o que foi bom e ruim, e a partir disso, façam planos para o futuro. Existem pessoas que desejam emagrecer; outros trocar de emprego; ganhar mais dinheiro; encontrar um amor; comprar um carro novo ou uma casa. Esses são apenas alguns exemplos entre tantos outros pedidos. No entanto, esses desejos e promessas acabam sendo facilmente esquecidos e deixados para trás. E não é preciso ir muito longe para comprovar a verdade disso. Basta que você leitor/a pense em quantas promessas e desejos foram deixados para trás esse ano. Com certeza a lista será grande. Um estudo realizado pela Universidade de Scranton, nos Estados Unidos, comprovou que 54% das pessoas desistem de suas metas até o período de seis meses após as terem idealizado e apenas 8% das pessoas são consideradas bem-sucedidas em suas mudanças.

Apesar desse resultado, fazer planos é um dos maiores impulsionadores de conquistas. Outro estudo realizado pela mesma universidade afirmou que as pessoas que estabelecem metas para um novo ano apresentam dez vezes mais chances de conseguir mudar.

E por que não fazer planos que o deixem -mais próximo da tão sonhada felicidade? Segundo o coach Alexandre Nakandakari, sócio da Questão de Coaching, alcançar esse desejo pode não ser muito fácil, mas
passa longe de ser impossível.

“Para falar sobre felicidade busco inspiração em uma personalidade que admiro muito: o Dalai Lama. Ele sempre afirmou, e eu acredito, que podemos dividir toda a felicidade e sofrimento em duas categorias: mental e física”, comenta.

“Sendo assim, podemos afirmar que a mente exerce o maior controle e influência sobre todos nós. Ela registra tudo. O corpo
estando satisfeito fica livre de graves doenças. Então, se queremos ser mais felizes devemos cuidar da nossa mente e de nosso corpo”, afirma Alexandre.

Para ele, tudo começa com um pensamento que gera um sentimento, e por consequência, gera uma ação. “Pensando nessa lógica separei algumas dicas sobre como mudar a vida, os pensamentos, as atitudes, e assim, se tornar mais feliz”, diz Alexandre.

Mudança de crenças

Se o que se pretende é mudar os resultados alcançados é de fundamental importância que se altere primeiro suas crenças substituindo os velhos pensamentos por novas ideias. Crenças são afirmações que as pessoas dizem para si mesmas, aquilo que as permite ser ou fazer algo. “Os nutricionistas gostam de dizer que somos o que comemos, vou além, e digo que, somos o que nos alimentamos tanto física, emocional e mentalmente. O que você anda pensando?”

Segurança no trabalho e nos relacionamentos

Aqui, além da mudança de crenças, o investimento em autoconhecimento é fundamental. Conhecer os próprios valores ajuda a tomar melhores decisões. Da mesma forma que conhecer os pontos fortes potencializa o desempenho e ter consciência das próprias limitações possibilita gerar planos de contingência para minimizar os impactos negativos nas performances. “É importante ressaltar que algumas pesquisas indicam que a maioria das demissões são motivadas mais por questões de relacionamentos do que de técnicas ou conhecimento. Sendo assim, investir em conhecimento e cursos técnicos específicos da área de atuação muitas vezes é chover no molhado. Mas, dar atenção a outras competências como feedback, gestão, liderança, relacionamentos, conflitos e comunicação, pode ser o grande diferencial. Tecnicamente a maior parte dos profissionais são iguais, mas não há competência técnica que mantenha o emprego sem uma boa conduta”.

Desapegar de velhos hábitos

Reservar alguns minutos por dia para refletir ajuda a promover uma limpeza nas ideias e a mudar a percepção do mundo. Com esse hábito as pessoas passam a se questionar sobre sua postura, suas decisões e seu comportamento diante dos acontecimentos da vida. Buscar conviver mais com pessoas que pensem diferente e mostram outros pontos de vista em relação as situações também ajuda a mudar a forma de pensar. Quando fechamos as portas para as mudanças o cérebro tende a se manter no processo químico que repete os mesmos padrões desde a infância. Abrir espaço para novos estímulos ajuda a gerar novas conexões.

Faxina nos sentimentos e fortalecimento das relações

Aqui o mais importante é não carregar mágoas. A temporada que inclui o fim e início do ano é propícia para acertar ponteiros com todas as pessoas que demonstraram algum ressentimento, seja colega de trabalho, amigo ou parente. Conversar de maneira clara e expor os sentimentos é algo que fortalece as relações, aproxima corações e aumenta a confiança. Para isso, um bom começo é tentar se colocar no lugar do outro e tentar compreendê-lo.

Desenvolver a espiritualidade

É dessa forma que as pessoas conseguem manter a paz interior. Desenvolver a espiritualidade não está diretamente relacionado a nenhuma religião. Essa escolha sempre fica a cargo de cada pessoa. Mas, estar em paz e bem consigo mesmo ajuda até mesmo a evitar o surgimento de doenças, combater o estresse e retardar o envelhecimento. Uma opção para alcançar esse equilíbrio é a prática de meditação, que ajuda a higienizar a mente e a desacelerar o cérebro. Outra opção poderosa é dedicar-se ao bem do próximo. Nesses casos, o trabalho voluntário faz bem para quem recebe, mas muito mais para quem prática.

Cuidar da autoestima

Mudar as crenças, ampliar o autoconhecimento, melhorar os relacionamentos, desapegar de velhos hábitos, deixar ressentimentos para trás e desenvolver a espiritualidade são hábitos que ajudarão a sustentar uma mudança consistente “Tudo isso tem um fator preponderante: cuidar de si mesmo. Ao viajar de avião, por exemplo, sempre recebemos as orientações de segurança, e entre uma delas, está a de que máscaras de oxigênio cairão do teto e primeiro a pessoa deverá ajustá- -la em si própria para depois ajudar as outras. Esse é um exemplo claro da importância de dedicar tempo para si mesmo. Organizar um pouco seu dia para cuidar de você mesmo é essencial para manter um bom desempenho em suas ações. Isso não é egoísmo, é bom senso. Se você estiver bem consigo mesmo poderá se dedicar com qualidade ao trabalho, a sua família e aos seus amigos”. Alexandre conclui que, tudo se inicia com um pensamento que deverá levar a uma ação. “Agora é só colocar em prática a mudança de suas crenças limitantes por facilitadoras, ampliar o autoconhecimento e desenvolver novas competências pessoais, organizando seu dia a dia para cuidar da mente e do corpo, e assim, alcançar a tão sonhada felicidade”.


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