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Ouvi nesta semana, mais uma vez, críticas à sinceridade e intolerância com a desonestidade.
Por Antônio Carlos Aquino de Oliveira
A relação com minhas filhas tem ficado cada vez melhor e mais qualificada a partir do momento em que elas passaram a prestar mais atenção no conteúdo e não na forma como falo. Os diálogos passaram a fluir, dando lugar aos jogos de opiniões.
O tempo tem produzido em mim, não sei ainda se para o bem ou para o mal, mais e mais apreço pela sinceridade e pela honestidade das pessoas do que por qualquer outra virtude. São típicos das relações manipuladas, dissimuladas, os cuidados com a forma e aparência em detrimento da honestidade e da sinceridade.
Tenho imenso respeito pelas pessoas que alinham sinceridade com elegância, honestidade com simpatia, firmeza com gentileza. É evidente que a forma valoriza e ressalta o conteúdo, mas não há inteligência nas pessoas que desprezam a verdade apenas pela maneira com que ela foi colocada e exposta.
Existem pessoas aéticas, amorais e sem nenhum valor, mas não buscamos nelas virtudes para um bom e edificante relacionamento. Nas relações entre jovens e adultos, especialmente entre dependentes e provedores, o jogo cínico de palavras não é incomum.
É até educativo para os que gostam de aprender com as convivências. Uns querem a cumplicidade e a aprovação integral de suas escolhas em detrimento de quaisquer argumentos sensatos que seu interlocutor possa utilizar. Pode ser fase, transição, mas não é normal nem aceitável que a verdade não prevaleça e esses jogos se mantenham.
O passar do tempo solidifica em mim a compreensão de que não há possibilidade de relações saudáveis, duradouras e construtivas se não forem pautadas na honestidade, na sinceridade e lealdade. Os ensinamentos dos jogos relacionais, das artimanhas aprendidas, técnicas e métodos de convencimento podem ter sentido nos negócios, respeitando os limites da ética e da decência, mas não acredito que tais comportamentos possam dar sustentação a relações verdadeiras entre pessoas.
Não quero me referir à exposição de intimidades, à ultrapassagem do individual e pessoal, ao inconveniente “sincericídio” como formas, mas à sinceridade genuína, pura e libertadora. Dizer o que verdadeiramente pensa e sente, sendo honesto consigo e com os outros.
Antônio Carlos Aquino de Oliveira é administrador, especializado em marketing estratégico. Palestrante e consultor dos setores público e privado, é autor de dois livros e colunista da Revista Nova Família
Nada mais moderno e atual que Ser quem se É, pagar o elevado custo dessa escolha, do caminho da leveza existencial e da liberdade, aprender sem parar, mudar para melhor em total sintonia com seu próprio bem estar, a impagável sensação dos limpos de alma e de coração. Se a minha sinceridade genuína e respeitosa não convém a alguém, nada mais posso oferecer que lhe seja conveniente.
Humanos são imperfeitos, evidente, mas são seres em transformação. Para fazer sentido, as experiências, as mudanças precisam ser para melhor, individual e coletivamente.
Nesse contexto do comportamento sincero e honesto, os profissionais criam as suas marcas, como os homens e mulheres formam seus nomes. Cada um escolhe como quer ser visto, reconhecido e lembrado.
Dos desonestos, enganadores e dissimulados, eu prefiro distância. Suas atitudes são devastadoras, típicas dos que não querem construir e ter relações sadias e edificantes.
Antônio Carlos Aquino de Oliveira é administrador, especializado em marketing estratégico. Palestrante e consultor dos setores público e privado, é autor de dois livros e colunista da Revista Nova Família
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