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Compreendendo a assexualidade e a hipersexualidade

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Na atualidade, nos deparamos com diferentes orientações sexuais que devem ser respeitadas, e acima de tudo, compreendidas, para que não haja nenhum tipo de preconceito e discriminação. Talvez, a menos conhecida, seja a orientação assexuada, que apesar de ter um nome autoexplicativo, muitas vezes pode ser confundida com o celibato, que é a total abstinência voluntária da atividade sexual. No celibato, o indivíduo opta pela privação, mesmo que exista o desejo, já na assexualidade, é uma parte inerente da condição. Ambas não podem e nem devem ser confundidas.

É preciso compreender que o assexuado não decidiu ser assim, ele simplesmente não sente desejo sexual, e principalmente, ele não se importa com isso. Sendo assim, não é uma condição de castidade e tampouco tem a ver com disfunção ou moralidade. Hoje, a assexualidade não é vista como uma patologia e sim, como uma orientação sexual legítima, mesmo que muitos acreditem que seja um distúrbio ou uma aversão sexual.  

A pessoa assexuada não tem atração sexual por nenhum dos gêneros. A assexualidade pode ser vista também como falta de atração romântica ou ainda como a falta de necessidade de manter relacionamentos interpessoais. Em alguns casos, aqueles que têm esta orientação, podem ser cercados de amigos que oferecem suporte emocional. Ou seja, as necessidades emocionais são as mesmas, mas atendidas de forma diferente. As realizações podem vir da compaixão, do carinho, da proximidade e da aceitação.

Sendo assim, é preciso compreender que o assexuado não é aquele que não gosta ou que vai contra o ato sexual, os sentimentos existem, eles podem se apaixonar, amar e encontrar a felicidade, sem nunca sentir o desejo sexual.

Em contrapartida, existe outro grupo que é o oposto dos assexuados, entretanto, não se trata de orientação sexual e sim um distúrbio. Estamos falando daqueles que possuem hipersexualidade. No caso das mulheres, é chamado de ninfomania, e dos homens satiríase. Vale lembrar que esse apetite descontrolado traz diversos prejuízos para a vida das pessoas que sofrem com ele. É uma perturbação psíquica e é um transtorno chamado de Desejo Sexual Hiperativo, que nada mais é do que a ausência do controle da sexualidade.

Trata-se de pessoas que têm uma compulsão sexual quase que incontrolável, resultando em uma grande dor emocional com consequências diárias nos relacionamentos afetivos. Porém, é preciso compreender que quem possui este transtorno, não quer praticar sexo sem parar, na realidade a pessoa sente apenas uma grande dificuldade em satisfazer os seus desejos, e por essa razão existe a vontade constante de praticar o ato. Muitas pessoas acreditam que a hipersexualidade é sinônimo do desejo da prática de atos sexuais com diversos parceiros, para assim obter grande prazer, o que não ocorre. Em alguns casos, após o ato sexual, a pessoa é tomada pelo sentimento de culpa e arrependimento, o que não inibe novos impulsos.

Quando o paciente conhece melhor o seu distúrbio, ele passa a tentar disciplinar seus pensamentos e desejos, o que pode resultar em depressão e ansiedade.

A hipersexualidade pode ser vista como um vício que tem sintomas compulsivos, obsessivos e impulsivos. O tratamento é similar ao de outros tipos de dependências. A partir da Terapia Cognitiva- -Comportamental, o paciente aprende a controlar seus impulsos e manter relacionamentos saudáveis e satisfatórios, sem precisar, necessariamente, diminuir a frequência sexual. Também contribui para desenvolver habilidades para lidar melhor com a ansiedade, com o desconforto e carência afetiva. Em alguns casos, o uso de antidepressivos ajuda a regular a serotonina, o que pode contribuir para a queda da libido e da ansiedade, bem como dos pensamentos obsessivos.

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