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Conectando a família sem fio

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A cena é típica, daquelas que volta e meia aparecem em novelas e séries de TV: a família está fazendo uma refeição à mesa. Porém, ninguém fala com ninguém, sequer olham uns para os outros. Entre uma garfada e outra, estão absortos em mensagens de WhatsApp e postagens de Facebook, exibidos em smartphones com telas cada vez mais potentes. Você deve estar imaginando que este é um comportamento típico dos adolescentes, não? Para mim, tendo a crer que esse hábito está se expandindo, tanto entre os mais novos (crianças), como entre os mais velhos (adultos e a até idosos). – Fernando Sousa

Um primeiro indício é que os telefones celulares e os smartphones já dominam os lares quando o assunto é navegar na Web. De acordo com 14ª edição da pesquisa F/Radar, recém divulgada pela agência F/Nazca, 52% dos entrevistados afirmaram que celulares e smartphones eram o principal dispositivo utilizado para acessar a Internet dentro de casa. Suplantaram os tradicionais computadores de mesa (42%) e notebooks (40%) – tablets aparecem com apenas 12% (para minha surpresa, pois imaginava que já teriam maior participação).

Uma das conclusões do estudo é que o brasileiro não abre mão de mobilidade, nem mesmo dentro de casa, e que um dos principais motivadores, adivinhe só! – São as redes sociais. De qualquer forma, custo a acreditar que este crescimento seja puxado exclusivamente pelo comportamento dos adolescentes. É mais provável que aquela cena descrita no começo deste artigo tenha a participação cada vez maior tanto de adultos como de crianças.

Uso cada vez mais precoce

No caso dos jovens que ainda não chegaram à adolescência, há um outro estudo que dá indícios do comportamento relacionado com a adoção precoce de telefones celulares e outros dispositivos do gênero. De acordo com a CTIA, uma organização internacional que representa a indústria de comunicação sem fio, 56% das crianças entre 8 e 12 anos já eram donas dos seus próprios telefones celulares, sendo que anteriormente, a idade média em que eles ganhavam o primeiro era de 12 anos de idade. Os dados são do mercado norte-americano, onde os comportamentos ligados à tecnologia costumam chegar (bem) antes, mas detalhe: são números de 2013! Eu acredito (e imagino que você, leitor, também) que hoje tais coisas devem estar acontecendo cada vez mais cedo, possivelmente, também no Brasil.

Longe de mim achar que as novas tecnologias devem ser tratadas como bichos de sete cabeças, entretanto, alguns números da mesma pesquisa eram ainda mais preocupantes. Por exemplo, segundo o estudo, 86% dos pais acreditavam que seus filhos estavam seguros enquanto estavam acessando a Internet, e 92% deles acreditavam saber o que as crianças faziam online – inclusive, 22% provendo dispositivos móveis para seus filhos apenas para mantê-los ocupados. Outro dado curioso: os adolescentes norte-americanos enviavam, em média, 60 mensagens de texto por dia – no caso das meninas, essa média subia para 100! Imagine hoje com aplicativos como WhatsApp, nos quais sequer há cobrança pelas mensagens enviadas.

Dicas para pais

A CTIA mantém um braço para justamente promover o uso saudável das novas tecnologias sem fio. Justamente com os números acima, a entidade forneceu algumas dicas para os pais tanto para ajudar no convívio familiar como para manter as crianças seguras durante o uso de smartphones, tablets e outros dispositivos. Confira:

• Escreva as regras de uso das tecnologias sem fio por parte da família clara – mente estabelecendo as “consequências” caso elas não sejam obedecidas. Lembre-se que as normas devem variar conforme a idade – uma criança de 11 anos de idade e um adolescente de 14 anos já têm mentalidades bem diferentes. Imprima e cole a folha com as regras em ponto central da casa, até porque elas devem valer para todos os integrantes da família;

• Sobretudo no caso das crianças mais novas, utilize ferramentas para filtragem de conteúdo e restrição do acesso a games, aplicativos e sites impróprios para a idade. Alguns provedores de acesso e serviços oferecem tais ferramentas;

• Determine a quantidade de ligações, mensagens de texto e tráfego de dados que seus filhos podem consumir mensal – mente, ou, pelo menos monitore tais in – formações para identificar eventuais usos excessivos;

• Aprenda a utilizar os recursos existentes em smartphones e tablets que possam ajudá-lo a monitorar como as crianças usam tais aparelhos;

• Antes de baixar um aplicativo ou adquirir um game, verifique a classificação etária do produto;

E uma dica final: ensine pelo exemplo. Lembra da cena descrita no começo deste artigo? Pois bem, se você vive teclando ao celular durante as atividades familiares, dificilmente vai convencer o seu filho a agir de forma diferente. Isso vale tanto para refeições como para outros momentos, como nas idas ao parque. Cito isto porque já me peguei fazendo isso, sob protestos de meu filho de dois anos da idade. Ele mesmo pegou o celular e o guardou no bolso da minha bermuda.

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