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HÁBITO ALIMENTAR OU REGIME?

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Há alguns anos, em uma primeira consulta com uma paciente, ela me contava sobre como havia lidado com uma condição crônica nos últimos anos. Em seu relato, me contava sobre as diferentes dietas e regime que diferentes nutricionistas haviam passado e como cada uma ajudou ou não com seu problema. Eu perguntei quais novos hábitos ela havia incorporado em seu dia a dia, e a resposta, para minha surpresa, foi nenhum. Não havia nenhum mistério do por que ela nunca havia conseguido resolver seu problema.

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Vivemos na era da informação, a mídia sempre “vendendo” uma nova dieta milagrosa, contamos calorias, os alimentos que, assim como num conto de fadas, ora são vilões, ora são os príncipes encanta – dos. E, nesse mar de informações e desinformações ficamos tentando milhares de regimes e dietas distintas. O resultado? Em primeiro lugar o famoso efeito sanfona, que além de frustrante, traz males a saúde como o enfraquecimento do sistema imunológico, doenças coronarianas, hipertensão, aumento do colesterol, entre outros. Fazer dieta não funciona, não faz bem à saúde, é como correr uma maratona uma vez por mês e não exercitar regulamente.

Como tudo, a nossa dieta alimentar precisa ser um estilo de vida inserido no nosso cotidiano. Não devemos escolher uma fruta ao invés de uma coxinha por que estamos de dieta, mas sim por que nosso paladar e organismo pede e deseja a fruta. Em seu livro “12 Steps to Raw Foo – ds” Victoria Boutenko, professora adjunta da Universidade de Oregon, desenvolve um paralelo entre drogas aditivas como a cocaína ou álcool e nossa predileção pela comida processada.

Victoria usa a mesma proposta de organizações como NA e AA para conseguir vencer o nosso vicio com relação ao alimento processado. Ela argumenta que somos adictos a comidas comuns como pão, leite, carne, sal e açúcar. Em particular, Victoria fala muito sobre a dependência que muitos têm do açúcar: “pesquisas indicam que os receptores do gosto doce em nossa boca estão ligados diretamente a áreas do cérebro que liberam opioides endógenos – substancias produzidas naturalmente pelo nosso corpo que induzem a sensação de prazer e bem-estar. O sabor doce é suficiente para ativar áreas de prazer no cérebro”. Em outras palavras, o sentimento de prazer associado ao consumo do açúcar faz com que tais alimentos sejam altamente aditivos.

Então como mudar nossos hábitos alimentares de forma inteligente e dura – doura? Dos 12 passos sugeridos por Victoria Boutenko, selecionei os 7 abaixo que considero de maior importância.

  • Tomar consciência do problema. Talvez o passo mais difícil de todos, sem admitir e identificar que temos um problema torna-se impossível de resolve-lo.
  • Alimentar seu corpo com opções nutritivas para eliminar desejos por alimentos “vazios”, evitando bobagens como pão, biscoitos, etc.
  • Adquirir conhecimentos para alimentar-se de forma saudável em casa. Não podemos depender de restaurantes ou de terceiros para comer bem. Precisamos saber preparar minimamente uma refeição por conta própria.
  • Ter amor próprio independentemente do que você comer. O processo de mudança de hábitos alimentares é longo, podendo durar anos. É muito comum em um momento de stress recorrer-se a uma “comida de conforto”. Não se julgue nem se maltrate por isso, apenas retome seu caminho em busca de uma vida mais saudável.
  • Obtenha apoio. Encontre pessoas que também estão na mesma busca que você. Se organize da melhor forma possível, tenha sempre opções de comida em casa prontas para beliscar, compre frutas e vegetais frescos e baratos, uma dica é “pegar” o resto da feira, como por exemplo as folhas de vegetais como cenoura, rabanete, beterraba. Essas, além de grátis, são altamente nutritivas e uma ótima opção para usar em sopas ou bater com frutas na criação de saborosas opções alimentares.
  • Abraçando novos hábitos saudáveis. Uma vez adaptada em uma rotina de alimentação saudável, outros bons hábitos de saúde naturalmente decorrem, como por exemplo, a vontade de exercício físico, ou aproveitar seu tempo livre desfrutando atividades ao ar livre.
  • Ganhando clareza. Uma dieta alimentar saudável proporciona a habilidade de ter mais clareza sobre a vida, ter a capacidade de ver as coisas como elas são e não como gostaríamos que fossem. Esse talvez seja o melhor presente que ganhamos ao adotar um estilo saudável de vida.

Não caia mais na fantasia dos regimes e dietas malucas por aí. Abrace um novo estilo de vida para toda a família que mudara a sua vida e a dos seus entes queridos. Quanto mais processada a comida mais distante dela você deve ficar. Esqueça todos os diets e lights e busque sempre comidas como a nossa Mãe Natureza nos deu, de forma simples e integral. Opte também, de forma geral, por alimentos crus aos cozidos, lembre-se que o ato de cozinhar é uma forma de processar o alimento. Com muita calma, conhecimento e perseverança, somos todos capazes de mudar nossas vidas para melhor e de forma jamais antes imaginada.

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