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Não estamos preparados para as perdas

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Segue a vida…

Por Gisele Maier

O que eu divido aqui com vocês nossos, queridos leitores, é minha história real da perda de meu esposo para o câncer em 2016… Talvez, com isso, eu possa ajudar quem hoje sofre um luto. Por ter vivido de perto; posso compreender tua dor.

No dia 20 de maio de 2016 internei meu esposo no Hospital Universitário de #Canoas, RS, com um quadro clínico muito complicado. Após alguns exames, o que incluiu colonoscopia, descobriu-se uma lesão grande no intestino. O médico indicou com urgência uma cirurgia. Ele fez não apenas uma intervenção cirúrgica, mas devido a complicações do quadro seguiram-se mais três cirurgias.

No final do mês de agosto descubro que se tratava de um câncer intestinal e que já havia se tornado metástase… Ou seja, se espalhado a outros órgãos. Ele ficou irreconhecível. Perdeu muito peso.

Até que, no dia 08 de outubro de 2016, estava eu despertando em casa após algumas horas de sono… Eu havia colocado o celular para despertar as 6:00 da manhã. Nem precisou. As 5h55m eu recebi uma ligação do hospital informando do falecimento dele.

Eu só lembro de ter sentado na cama, com os pés no chão; E, por alguns minutos, olhar para a ponta dos dedos e me perguntar como seria minha vida a partir dali…

Afinal, estávamos casados há mais de 16 anos. E eu estava habituada à rotina de cuidar dele no hospital…

Durante sua internação ele esteve a maior parte do tempo lúcido, com exceção da última semana em que dormia muito. Por vezes falava coisas sem sentido, num provável efeito de muita medicação. Mas, me chamou à atenção uma das conversas mais significativas que tivemos.

Ele não sabia que tinha câncer. Mas, de alguma forma, entendia que não sairia vivo.

Então, nesse dia me perguntou se eu me casaria novamente. Disse que eu tinha total direito de refazer minha vida mas, que eu não deixasse ninguém me fazer sofrer.

Mas, a pergunta que me fez chorar foi:

“Tu não te arrepende de não ter o Lucas”?

Esse era o nome do filho que não tivemos.

Chorei muito naquele dia…

Na manhã do falecimento dele aquela conversa passava pela minha mente o tempo todo. E agora, o que Gisele iria fazer?

Estava com 45 anos. Viúva e sem o seu menino Lucas, que nem chegou a existir…

Os dias que se passaram eram tristes, lembrava-me muito dele. Às vezes queria ir ao hospital… Só que, depois de algum tempo, recordei-me de algumas entre as palavras dele…

Ele disse:

“Segue a vida, Gisele!”…

A verdade é que nunca estamos preparados para perdas, mas eu começava a me dar conta de que eu tinha que atender o pedido dele e seguir mesmo em frente…

Fica uma dica, aqui: sempre diga às pessoas do teu coração aquela frase bem simples:

Eu te Amo.

Talvez, um dia, tu não as tenha consigo…

As descobertas que fiz a partir de minha nova vida foram fascinantes! Mas, vou deixar no suspense…

Continua nos próximos capítulos…

Gratidão de coração, Pessoas Amadas!

Quem foi amado, um dia, nunca morre
😍

Gisele Maier é escritora por paixão, eterna Aprendiz. Gaúcha. 50 anos.

E-mail: zezimaier@gmail.com

LinkedIn: https://www.linkedin.com/in/gisele-maier-6194701a4

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