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Já o racismo, é estrutural
Por Adriana do Amaral
Mais um jovem negro foi assassinado no Brasil. Desta vez um imigrante congolês, Moise Mugenyi Kabagambe.
Mais uma vida “da carne mais barata do mercado”, como denuncia a canção, foi ceifada no país onde jovens negros correm risco de vida. Isso apenas por viverem, e a xenofobia potencializa a ameaça.
O crime bárbaro aconteceu há mais de uma semana, dia 24 de janeiro, na Barra da Tijuca, bairro rico do #RiodeJaneiro, local onde residem poderosos. Moise era um trabalhador informal, auxiliar num quisque de praia. Ao cobrar o pagamento por seu labor, duas diárias somando R$200, ele foi espancado até a morte.
Moise tinha 24 anos.
Um dos agressores negou a dívida e declarou que “não queria matar”. Espancar, queria? Ver a vítima ser atacada pelos comparsas, podia? Não escutar os clamores das dores, gostou? É claro, é mais fácil por a culpa no morto.
A tragédia apenas ganhou corpo depois de denunciada nas mídias sociais. A investigação corre em sigilo.
Por que? Seria porque a família da vítima é pobre? É negra? É imigrante?
O jovem foi torturado com pedaços de madeira em plena orla de um dos metros quadrados mais caros do Brasil. A polícia esteve no local e não viu nada?
A #ComunidadeCongolesa está atenta e lembra que o #Brasil é signatário da #ConvençãodeGenebra. Ou seja, assinou o seu compromisso pela “inviolabilidade absoluta da vida e do direito humano”.
No Brasil, jovens (faixa etária entre 15 e 19anos) negros morrem duas vezes mais do que os jovens brancos, na proporção de 8.4 para 4, a cada 100 mil habitantes. A nação que exclui, tortura e mata ceifa o próprio futuro.
#justiçaparaMoise#lutaantirracista
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