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Por: Redação
Precisamos pensar em menos EU e mais NÓS, ou seja, entender que podemos nos unir com sororidade, apoiando umas às outras, daquele nosso jeito poderoso “Mexeu com uma, mexeu com todas” ou “Uma mulher puxa a outra e nenhuma é deixada para trás.”
Sou arquiteta por formação e dizem que construo pontes entre as mulheres, as empresas, as organizações e os países. Fico muito feliz ao ouvir isso, por definição, a ponte é uma construção que permite interligar ao mesmo nível pontos não acessíveis, separados por rios, vales, ou outros obstáculos naturais ou artificiais. As pontes são construídas para permitirem a passagem, e é isso que fazemos, abrimos caminhos.
No caso das mulheres e suas empresas estabelecemos conexões entre elas para que possam mostrar seus produtos ou serviços, ouvir o que cada uma tem a oferecer e ter olhos atentos para enxergar as oportunidades que possam surgir.
Uma amiga que trabalha com comércio exterior afirma que para todo produto existe um comprador, ela dá como exemplo um case que transformou um fracasso em sucesso. Uma fabricante de toalhas recebeu um grande pedido, seria a primeira vez que exportava e ela estava toda animada com a conquista, entretanto, ao chegar ao destino, o comprador percebeu que as medidas estavam fora do padrão do país… conclusão, a mercadoria não foi recebida e foi devolvida para o país de origem.
Que prejuízo! O que fazer agora? Sentar no chão e chorar não é uma opção. Ainda bem que uma das características das mulheres é a resiliência, não costumamos desistir facilmente e entre nossas habilidades de soft skills está a capacidade de comunicação, em pouco tempo ela acionou vários contatos e encontrou um comprador que precisava com urgência de toalhas de banho com as mesmas medidas que foram rejeitadas anteriormente.
Para criar pontes é necessário entender qual a necessidade de cada uma, é como um jogo de quebra-cabeças onde as peças precisam se encaixar, precisamos praticar o novo networking, o chamado netwaving que significa criar redes de contatos sem interesse ou expectativa, sem esperar nada em troca, estabelecendo verdadeiros laços de amizade que podem um dia se transformar em laços comerciais.
Precisamos pensar em menos EU e mais NÓS, ou seja, entender que podemos nos unir com sororidade, apoiando umas às outras, daquele nosso jeito poderoso “Mexeu com uma, mexeu com todas” ou “Uma mulher puxa a outra e nenhuma é deixada para trás.”
Construir pontes implica em derrubar as barreiras de idioma, cultura e moeda, enfim, é deixar as diferenças de lado e aprender com elas. É praticar a empatia, entendendo que cada povo tem suas particularidades, um jeito diferente de negociar, pensar e reagir.
É preciso sair da zona de conforto, ser curiosa, aceitar desafios, ter uma mente aberta para o novo.
A tecnologia criou um mundo digital onde não existem barreiras de distâncias, é como se os oceanos deixassem de existir e agora é possível reunir empresárias dos cinco continentes para movimentar a roda da economia.
Uma das melhores formas de construir pontes é fazer parte de organizações internacionais de mulheres, participar dos congressos e utilizar as redes de contatos.
“Sejamos pontes e não muros. Muros separam, segregam, ofuscam. Pontes ligam, aproximam e unem.”
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