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Regra que vale para todos os lados, e deveria vigorar entre os aliados e inimigos.
Por Adriana do Amaral
Senti vergonha alheia ao ver o vídeo onde, em pleno #ConselhodosDireitosHumanos da #ONU, representantes das nações recusaram-se a ouvir o interlocutor russo num lugar onde a dialogia deveria nortear as ações. Ou será que vigora a lei da negociação apenas entre os pares? Conversa-se apenas com os iguais?
Como compreender, argumentar e até mesmo recusar com ouvidos cheios da lei da intolerância? Também me assusta o boicote anunciado pelo #FestivaldeCinemadeCannes aos cineastas e artistas russos e ações pontuais contra esportistas, pessoas anônimas e intelectuais.
Há outra disputa lançando bombas perigosas: de retórica. Quem perde com isso?
O cidadão. As relações interculturais. Os estereótipos atiçam o preconceito e daí para o ódio é um passo, que gera o abismo.
Repito: ninguém quer a guerra.
Será?
A indústria bélica lucra com ela, os poderosos que atiçam a chama dos pavios também. Numa batalha onde as populações de ambos os lados sofrem com mortes, dores, perdas materiais, psicológicas, afetivas.
Escolher um lado para chamar de ser não resolve, pense nos dois lados. O poder é dado. N
um mundo globalizado temos de abrir a mente e ver além. Para só depois tomarmos partido.
Jornalista profissional (mtb 16447), doutoranda e mestre em Comunicação Social pela Umesp. Mãe do Augusto e da Cristina.
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