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Entre os consumidores brasileiros, 95% priorizam empresas que investem em práticas sustentáveis.
A sustentabilidade tem se tornado um fator decisivo para os consumidores na hora de escolher produtos e serviços. Segundo pesquisa inédita encomendada pela Associação Paulista de Supermercados (APAS), 95% dos brasileiros priorizam empresas que investem em práticas sustentáveis.
Além disso, 64% já deixaram de consumir uma marca ou frequentar um estabelecimento ao descobrirem comportamentos antiéticos da empresa e/ou dos funcionários. Ao escolher uma marca, 68% dos consumidores destacam o respeito e a valorização do cliente como os principais fatores.
O diretor-geral da APAS, Carlos Corrêa, afirma que os consumidores também demonstram preferência por marcas que investem em programas de preservação ambiental e responsabilidade social.
Diante desse contexto, ações de governança corporativa e compliance ganham destaque como estratégias para a construção de uma imagem empresarial positiva. “Do fornecedor ao colaborador, todos são importantes e recebem um olhar atento do consumidor”, ressalta Corrêa.
Sustentabilidade social ganha espaço na agenda corporativa
Embora as organizações ainda não tenham atingido o nível esperado de investimentos em sustentabilidade, o relatório anual “Um Mundo em Equilíbrio” (A World in Balance 2023) da Capgemini destaca avanços positivos. Houve progresso na definição de prioridades sustentáveis e na reformulação dos modelos de negócios.
Mais da metade dos executivos entrevistados (57%) afirmaram que suas empresas estão redesenhando os modelos de negócio para torná-los mais sustentáveis. Além disso, os dados indicam que a biodiversidade tem sido um foco crescente para as organizações.
O head de Cloud e Sustentabilidade da Capgemini Brasil, Emanuel Queiroz, também enfatiza que o número de líderes que veem vantagens claras nos negócios sustentáveis triplicou. Por outro lado, aqueles que acham que investir em sustentabilidade não traz retorno diminuiu de 53% para 22% em apenas um ano.
“Em 2022, menos da metade dos pesquisados (49%) tinham em suas empresas metas bem estabelecidas de sustentabilidade, hoje 61% já estão mudando o modelo de negócio para serem mais sustentáveis”, explicou Queiroz em entrevista à imprensa.
O relatório também aponta o crescimento da pauta de sustentabilidade social na agenda corporativa. Cerca de 56% dos executivos afirmaram que suas organizações estão cada vez mais focadas na dimensão social da governança ambiental, social e corporativa (ESG).
“O estudo mostra que o Brasil segue a tendência global, com maior foco de investimento na agenda social. O país se destaca, principalmente, no tema da biodiversidade por possuir 1 de cada 5 espécies vivas do planeta. Além de contar com uma matriz energética mais limpa, o que pode nos posicionar como um grande provedor de combustíveis limpos, como o hidrogênio verde”, complementa Queiroz.
Estratégias para ser mais sustentável
As empresas podem adotar estratégias variadas para se tornarem mais sustentáveis. Mas as orientações do Sebrae começam pela gestão ambiental. O processo envolve a redução ou a eliminação de todos os tipos de poluição causados pela companhia, o que inclui a visual, a sonora e o acúmulo de resíduos no meio ambiente. Também é recomendada a adoção de uma economia circular.
Ferramentas de compliance, como auditorias ambientais, certificações de sustentabilidade e relatórios de responsabilidade social também podem ser úteis. Além disso, o Sebrae recomenda que as organizações adotem práticas de compras sustentáveis e éticas, priorizando fornecedores que também tenham programas de conformidade.
Outra estratégia citada é o uso eficiente dos recursos. Ações simples, como ter atenção aos vazamentos e desperdícios no dia a dia da empresa e investir na instalação de novas tecnologias são formas de promover a sustentabilidade na rotina corporativa.
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