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Por: Redação
Doar o seu tempo em prol de transformar vidas, o serviço voluntário promove a saúde física e mental, além de ajudar as pessoas a terem uma vida mais ativa
Fonte: Banco de imagens
No dicionário, VOLUNTÁRIO significa que não é forçado, que só depende da vontade; espontâneo. O trabalho voluntário não escolhe raça, idade ou situação financeira. A pessoa precisa apenas querer fazer a diferença no mundo e disponibilizar um tempo para isso.
Duas pesquisas realizadas nos Estados Unidos comprovaram que a pessoa que realiza um trabalho voluntário é mais feliz, apresenta uma carga de stress menor em relação a outros não voluntários e vive em média quatro anos mais. Além disso, eles manifestam maior equilíbrio entre a vida profissional e pessoal.
A pessoa que propõe se tornar voluntária tende a se sensibilizar com os problemas sociais, passa a reparar a sua volta nas demandas das pessoas, a praticar a empatia.
Os três maiores motivos que levam uma pessoa a se tornar voluntário são:
- Religiosidade: Católicos, evangélicos, espíritas e as religiões orientais têm o voluntariado como estratégia para aproximação com as pessoas e com a prática do bem;
- Melhorar a comunicação: O voluntário, comunica com qualquer tipo de pessoa, desde crianças e idosos, passando por pessoas de classes sociais e regiões diferentes.
- Conhecer novas pessoas: Esse tipo de trabalho propicia a interatividade em muitos grupos fora do seu grupo de convivência social, com classes sociais, formações e origens distintas.
Esse é um dos principais motivos que levam as pessoas da terceira idade a buscarem o trabalho voluntário, pois, os mantém em contato regular com outros, ajuda a desenvolver um sistema de suporte sólido, que, por sua vez, protege-os contra a depressão e o isolamento.
Ainda falando dos benefícios do trabalho voluntário para a terceira idade, segundo dados do Instituto Nacional do Envelhecimento, participar dessas atividades reduz o risco de problemas de saúde nos idosos protege-os contra a depressão e o isolamento, promovendo a autoconfiança, pode diminuir os sintomas de dor crônica e reduzir o risco de doença cardíaca, promovendo o envelhecimento ativo.
Para o advogado aposentado João Miguel Schneider o trabalho voluntário tem uma poder maior de auxiliar, reformular e ressignificar a vida após a aposentadoria e a viuvez: “Vivi 52 anos com a minha companheira, ela morreu de repente vítima de um acidente doméstico e eu me senti vazio, sem lugar. Comecei a realizar pequenos trabalhos voluntários no Centro Espírita que frequentava com a minha companheira e fui percebendo uma mudança no meu estado de espírito. Hoje aos 78 anos e seis que estou viúvo me sinto útil, me aposentei e posso me dedicar mais aos trabalhos voluntários, participo ativamente da sopa, desde descascar os legumes até entregar as marmitex para as pessoas em situação de rua, auxilio no serviço de cadastramento de pessoas para o receberem cestas básicas. Fiz amigos e cada sorriso de gratidão que recebo é um afago de Deus em mim”.
A pandemia trouxe a vontade de auxiliar o próximo de volta
Em 2019 o trabalho voluntário estava em quedo no Brasil, segundo o IBGE 6,9 milhões de pessoas desenvolviam algum trabalho voluntário, 300 mil a menos do que em 2018.
Mas com o aumento do desemprego e a obrigatoriedade do isolamento social muitas instituições se mobilizaram para alimentar e vestir as pessoas, principalmente das comunidades carentes.
O voluntariado precisou se reinventarem 2020, quando o contato físico, tão importante em atividades como esta, o resultado foi uma queda no número de voluntários que se viram perdidos no início da disseminação da doença no país.
Foi quando surgiu o voluntário individual, que é o tipo de serviço feito de uma pessoa para a outra sem a ligação com uma instituição entre elas. As pessoas mais jovens passaram a auxiliar os vizinhos, parentes idosos ou com alguma comorbidade fazendo compras no supermercado, farmácias, buscando encomendas nos correios e entregando com segurança.
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