Por Adriana do Amaral e Sebastião Nicomedes de Oliveira
Quem vê a mega estrutura montada para atender a #pessoaemsituaçãoderua no marco zero da capital paulista, a #PraçadaSé, pode imaginar que #SãoPaulo é uma metrópole acolhedora e não a cidade eleita como a 5a mais feia do mundo. Até parece que “no mar de prédio” e “trânsito caótico”, como a cidade foi avaliada, resiste uma população solidária e acolhedora. Na verdade, vagam pela mais rica cidade brasileira mais de 30 mil cidadãos sem teto, sem trabalho, sem documentos, que vivem debaixo das marquises, nas calçadas, sem alimento e afeto. Invisibilizados e ignorados.
Por isso, o 1o Mutirão de Atendimento Especial à Pessoa em Situação de Rua é uma ação importante para garantir o mínimo que uma pessoa humana merece: direito a existir e ser reconhecido. É claro, que nunca cidade com as proporções de São Paulo, muitas pessoas ficaram de fora da ação, sequer ficaram sabendo que ela estava sendo realizada e por isso deve ser repetida no espaço de tempo mais curto possível.
Anônimos merecem reconhecimento
Coordenado pela Justiça Federal – #TRF da 3a. Região -, além das instituições públicas e privadas, anônimos participaram da corrente de solidariedade e bem-estar. Dentre eles, a cabelereira Cida Oliveira e sua equipe. Uma brasileira que se importa e se desaparece nos grandes eventos, ofuscada pelas marcas, porém faz a diferença no dia a dia, cuidando dos cabelos e da autoestima do #PovodaRua de graça e com amor.
A turma da #CidaCabelereira monta o seu salão de beleza o ano inteira pelas ruas da cidade. É claro, não podia ficar de fora de uma ação dessa magnitude. Para isso, ela chamou professores e alunos da escola onde faz cursos, aprimorando a própria técnica.
Pequena, mas com coração gigante, Cida trabalhou em meio às barracas do Juizado Especial Federal e do INSS, das Secretarias Municipais da Justiça, Assistência Social, Direitos Humanos, Trabalho. Em meio aos movimentos sociais: #MEPSPRSP, #MNPR, #MNDPLSR, os Franciscanos Contra a Fome #SEFRAS e tantos outros parceiros.
Na cidade que somam mais de 31 mil pessoas em situação de rua, segundo levantamento do #censopoprua , encomendado pela prefeitura de São Paulo e realizada pela Qualitest-ES. Os números, discute-se, estão subnotificados e a exclusão atinge um número muiro maior de brasileiros e estrangeiros que vivem à margem, nas ruas da cidade.
Como reverter esse quadro ? É resposta que o mutirão judicial procura.
