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Sou fã, confesso, e continuarei a ouvir as músicas e admirar o meu ídolo
Por Adriana do Amaral
Após o lançamento do documentário sobre uma das minhas cantoras prediletas, #NaraLeão, que ainda não assisti pois não não curto as produções da #GloboPlay, a mídia tem debatido sobre o conteúdo machista da obra do principal cronista brasileiro. Ele, que em suas canções e livros tem a qualidade ímpar de falar sobre o tempo vivido.
Chico ouviu a voz, compreende a luta das feministas, e se comprometeu a não cantar mais certas canções, entre elas #ComAçúcarComAfeto. Sem medo de polemizar, respeito a decisão do autor, mas penso que a canção fala de relacionamentos e poderia ser cantada por casais homoafetivos ou por um homem. Afinal, quem nunca sofreu uma dor de amor e pôs as mágoas de lado num perdão?
Lembro-me dos versos:
A Rita levou meu sorriso, no sorriso dela meu assunto… além de tudo deixou mudo o meu violão.
#ChicoBuarquedeHolanda
É o outro lado da poesia.
São tantas as letras que falam da dor do amar, #AtrásdaPorta, da dor da Saudade, #PedaçodeMim, da dor do filho morto, #MeuGuri, a crônica da exclusão social e um cem número de obras-primas!
Eu penso que a arte não pode ser politicamente correta, pois o papel do artista é ao mesmo tempo inspirar e polemizar. Sou feminista e acho que as letras de Chico devem ser ouvidas e discutidas, nunca caladas. Afinal:
a roda da saia, a mulata, não quer mais rodar não senhor, não posso fazer serenata, a roda de samba acabou… mas eis que chegou roda-viva e carrega a viola prá lá!
Chico Buarque de Holanda
! Canta Chico, canta, canta mais. Escreve sobre esses novos tempos, põe o dedo nas feridas, que eles também passarão…
#ascançõesqueChicoBuarquefezprános
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