A mediunidade é um dos principais componentes da doutrina espírita e compreendê-la é essencial para também compreender como funciona o kardecismo. E ainda assim existem muitos mitos que circundam esse dom tão belo que nos foi dado por Deus.
Práticas e crenças supersticiosas acabaram inserindo-se nos meios espíritas, e em meio a tanta desinformação, se faz necessário esclarecer o que de fato é a mediunidade, e como descobrir se você realmente é um médium.
O que é a mediunidade?
A mediunidade é um termo cunhado por Allan Kardec para definir a capacidade de se comunicar com espíritos de maneiras diversas. A palavra mediunidade vem de meio, médio, denotando o fato de que aquele que interage com os espíritos nada mais é do que um meio, um veículo, para a manifestação do espírito.
Apesar de esse conceito de se comunicar com os espíritos existir há bastante tempo em inúmeras religiões, foi Kardec que por meio das obras básicas do espiritismo, criadas para explicar como funciona o kardecismo e seus conceitos fundamentais, que criou esse termo e o popularizou, mesmo entre outras religiões, para classificar essa ideia.
Tipos de mediunidade
A mediunidade pode se manifestar de diversas formas e um mesmo médium pode possuir maneiras diversas de expressar sua mediunidade. Os principais tipos de mediunidade são os seguintes:
- Mediunidade clariaudiente, que permite ouvir sons e vozes da espiritualidade;
- Mediunidade clarividente, que permite ver espíritos;
- Mediunidade psicográfica, que permite receber mensagens escritas e reproduzir a letra de espíritos;
- Mediunidade de cura, que permite realizar efeitos de cura material;
- Mediunidade física, que permite que os espíritos manifestem efeitos físicos como batidas e móveis se movendo.
Porém, apesar de estes serem os principais, existem diversas outras formas de mediunidade, como a mediunidade psicofônica, que permite que o médium incorpore e fale com a voz do espírito.
Como saber se tenho mediunidade?
A primeira coisa a se fazer é observar se você tem sintomas de mediunidade. Os mais comuns são uma intuição aguçada, sensação especialmente intensa de peso ou de leveza em certos ambientes, sentir presenças mesmo quando você está sozinho, uma percepção maior dos sentimentos e pensamentos alheios, entre outras coisas.
Se você tem esses problemas e não tem histórico de problemas psiquiátricos na família, ou um diagnóstico de problemas psiquiátricos, há uma grande chance de você possuir alguma forma de mediunidade mais aguçada, e você deve procurar um centro espírita para poder desenvolver suas capacidades de maneira adequada em um ambiente seguro.
É importante, porém, ter em mente que nas obras básicas criadas para explicar como funciona o kardecismo, Kardec afirma que todo ser humano é naturalmente um médium e pode desenvolver essa capacidade. O que acontece é que algumas pessoas já nascem com esse dom mais aguçado do que as outras.
O que o médium sente?
Os médiuns podem ter uma miríade de sensações a depender do ambiente em que se encontram. Em um cemitério, por exemplo, um médium pode se sentir desconfortável, pesado, pode se sentir observado, pode ouvir coisas ruins e etc.
Por outro lado, em um ambiente bom, carregado de boas energias, o médium pode sentir-se de bom humor, mais leve, com mais energia e bem de uma maneira geral. Tudo depende do ambiente e das pessoas que o rodeiam.
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Ficar atento aos sintomas da mediunidade e procurar um bom centro espírita é a melhor forma de averiguar se você é de fato um médium. Mas até que você faça isso, é interessante estudar o assunto e se aprimorar, e lembre-se que é exatamente para te auxiliar com isso que a Editora Dufaux está sempre presente.
