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Escolher um animal de estimação exige responsabilidade, paciência e tempo. Avalie se ter um pet em casa é a melhor opção para a sua família THIAGO ASSUNÇÃO
As recompensas de ter esses companheiros são enormes, mas é preciso avaliar o momento que você está vivendo atualmente e decidir se um pet se encaixa bem na sua rotina.
É difícil encontrar alguém que ainda não tenha tido um mascote. Cachorro, gato, peixe, tartaruga, passarinho, papagaio… A lista imensa faz até parecer que ter bicho em casa é uma tarefa fácil. Mas, vale lembrar, animal não é brinquedo e requer diversos cuidados – tanto para a sua própria saúde e bem-estar quanto para preservar o lindo tapete da sua sala.
Visitas ao veterinário, ração de qualidade, acessórios, banhos, remédios, brinquedinhos figuram só nas obrigações financeiras. Além disso, é preciso educar, dar carinho, atenção, passear e, sim, limpar xixi e cocô! Claro que as recompensas de ter esses companheiros são enormes, mas é preciso avaliar o momento que você está vivendo atualmente e decidir se um pet se encaixa bem na sua rotina. Os números de animais abandonados no Brasil, principalmente idosos e doentes, são alarmantes, e só aumentam: estima-se que, atualmente, o nosso país tenha cerca de 30 milhões de bichos abandonados – e, certamente, muitos deles foram jogados na rua por pessoas que se arrependeram de sua aquisição, tratando o bicho como um objeto que não tem mais serventia. Portanto, é de extrema importância que se pense cuidadosamente a vontade de ter um pet, lembrando que se trata de um compromisso a longo prazo.
Além disso, antes de escolher aquela raça mais fofa do mundo, você deve pesquisar se as características combinam com a sua personalidade e seu modo de vida (por exemplo: existem raças que não são lá muito fãs de crianças), lembrando ainda que também vale a pena pesquisar lindos vira latinhas em ONGs e canis públicos.
Quanto à espécie, também é questão de pensar no estilo de vida do dono ou da família que vai adotar. Se for uma família que viaja sempre, gatos podem ser uma boa opção, por exemplo.
Independentemente de qual for a sua decisão, o importante é que ela seja pensada, discutida e planejada por todos da casa a fim de que o bichinho que vai chegar seja acolhido com muito amor e disposição e sem correr risco de abandono.
Danielle Geneolle, estudante de Design Digital, possui quatro gatos e uma cadela, que moram com ela e seu noivo, Felipe Lima. “O Fefo é o meu gato mais velho. Depois veio o Chico, seguidos do Guri e da Marie. A cachorrinha, Tita, está conosco há cerca de seis meses. Para recebê-los, tivemos que fazer adaptações no apartamento. Colocamos telas nas janelas (é inimaginável ter animais, sobretudo gatos, e não fazer isso), tiramos de vista as coisas que poderiam quebrar. Somos apenas nós dois. Quando saímos por muito tempo, pedimos aos meus pais ou amigos para irem em casa fazer uma visita uma vez por dia, para ver a alimentação e água, enquanto que a Tita fica na casa de alguém que vai cuidar bem dela. Não dá para fazer com os cachorros o mesmo que fazemos com os gatos. Os bichanos se viram sozinhos, os cães não”, comenta.
Danielle comenta que ainda faz outras mudanças no apartamento, conforme os animais mudam seus hábitos. “Tivemos que trocar o arranhador dos gatos, porque eles enjoaram e começaram a afiar as unhas no sofá. Eles possuem manias próprias, precisamos ter paciência para fazer essa leitura. Por conta dos bichos, abrimos mão de comprar algumas coisas, como tapete, por exemplo. E outros objetos que compramos precisam de constante vigilância”, conta. No entanto, para Danielle e Felipe, todo esse esforço passa quase despercebido, considerando o amor e a gratidão que eles têm pelos pets. “Amamos nossos bichinhos. Eles são extremamente carinhosos, vivem miando ou latindo e pedindo carinho. Não é fácil adotar um pet, é necessário pensar muito. É preciso saber que o animal tem seu jeito. Com a criação, você desenvolve um vínculo e começa a entender suas formas de comunicação. Mas abrir mão de certas coisas não é nada perto da experiência de ter um amor tão verdadeiro quanto o deles”, finaliza
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