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Incontinência urinária

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Por Lelah Monteiro


Incontinência urinária é qualquer perda involuntária de xixi. Não importa se é apenas uma
gota, ou um descontrole maior da micçã
o

Até por vergonha, as pessoas tendem a minimizar (“ah, foi uma gotinha que escapou”), negando o problema, mas não adianta. Vamos saber mais sobre incontinência urinária?

O que é incontinência urinária?


Perdeu líquido – mesmo que minimamente, ou numa situação específica após um espirro, uma crise de tosse ou acesso de riso – já é considerado um caso de incontinência urinária. O que varia é só o grau: leve, moderado ou intenso.

Qual público mais sofre


É fato que o público que mais sofre é o público mais maduro – notadamente a partir dos 50 anos. Mas hoje temos visto cada vez mais o público jovem também sendo afetado.

No caso do público mais velho, falamos em incontinência urinária de esforço, de urgência ou mista, e que decorre da fraqueza do músculo da bexiga, da perda da rede de sustentação pélvica. Nos jovens, chamamos de “bexiga nervosa” – a vontade repentina e urgente de fazer xixi, difícil de controlar.

Pode ter inúmeras causas, e pode ou não estar associada à incontinência urinária. Também precisa ser tratada com atenção e prematuramente, sob pena de evoluir e causar problemas maiores no futuro.

Mulheres sofrem mais com esse problema (estima-se que a incontinência as afete duas vezes mais que aos homens), por conta da formatação do seu assoalho pélvico, e por sua função reprodutiva, que sobrecarrega a região.

Por que se torna mais comum com o envelhecimento?

Com a passagem do tempo e o envelhecimento, as fibras musculares da região pélvica vão perdendo sua força e elasticidade. O músculo não responde mais como antes.

E a bexiga perde também capacidade de armazenar xixi. Menor capacidade de armazenamento e maior fraqueza muscular: o resultado é perda involuntária de líquido.

Quais as outras causas?

A incontinência urinária pode ter várias causas. Podem desenvolver esse tipo de problema:

  • mulheres que tiveram muitos filhos, justamente pelas exigências a que a região pélvica é
    submetida durante a gestação (peso da barriga) e o parto;
  • mulheres na menopausa (redução hormonal contribui para a queda do tônus muscular);
  • pessoas que têm intestino muito preso e forçam muito na hora de evacuar;
  • pessoas com sobrepeso, o que acaba pressionando e sobrecarregando a área pélvica;
  • praticantes de esportes com movimentos repetitivos e de impacto, como: pular muito,
    correr muito etc.;
  • pessoas que costumam segurar muito o xixi;
  • portadores de algumas doenças crônicas como Parkinson, diabetes etc. Entre outras.

Quais os sintomas?


Há vários sintomas. A perda involuntária de urina é a principal, claro

Às vezes as pessoas confundem incontinência urinária com infecção urinária, porque um dos sintomas possíveis é a dor, mas a incontinência também pode causar infecções urinárias mais frequentes. Sensação constante de querer fazer xixi (mesmo a bexiga não estando cheia) e o aumento da frequência das micções – de dia ou de noite – é outro sintoma. Enfraquecimento do jato urinário também.

Tem cura?

Sim, tem cura, dependendo do tipo de incontinência, estágio em que se encontra, gravidade e causa. Também pode ser prevenida, com uma alimentação saudável e rica em fibras (para evitar a obesidade, diabetes, e melhorar a questão do intestino preso) e uma rotina de exercícios que não desencadeiem o problema (como citado acima).

Uma vez que a pessoa já esteja sofrendo com o problema, o ideal é tomar algumas medidas para evitar contratempos como:

  • reduzir a ingestão de líquidos à noite;
  • evitar o consumo de bebidas alcoólicas e com cafeína;
  • ir regularmente ao banheiro (não esperar a sensação de bexiga cheia ou urgência);
  • evitar coisas que deem acesso de tosse (como o tabagismo);
  • ficar atento ao uso de produtos diuréticos etc..

Como tratar?


Em boa parte dos casos, a fisioterapia pélvica é a primeira opção de tratamento (não confundir com o pompoarismo). Ela consiste em exercícios de fortalecimento e reabilitação dos músculos do assoalho pélvico.

Há outras indicações farmacológicas e cirúrgicas. Mas a fisioterapia pélvica não tem efeitos colaterais e pode/deve ser feita em consórcio com outras técnicas terapêuticas.

Qual o papel do fisioterapeuta pélvico diante dessa condição?


O fisioterapeuta pélvico, analisando caso a caso, vai definir que tipo de exercício será necessário, sua intensidade e frequência. Alguns desses exercícios poderão ser ensinados para que o paciente faça em casa; outros precisarão que ele esteja no
consultório.

Quais são os riscos de não tratar corretamente?


Os riscos de não tratar corretamente é que a doença pode evoluir para um estágio mais grave, com perdas mais intensas de líquido e até perda fecal. E que se tenha que apelar para uma solução cirúrgica.

Lelah Monteiro é sexóloga, psicanalista e fisioterapeuta pélvica, Atua em seu consultório em Perdizes (São Paulo, SP) como
educadora sexual; terapeuta de casais, de família e sexual. Membro da #Abrafism – Associação Brasileira de Fisioterapia Pélvica e Saúde da Mulher. Colunista da Revista Nova Família, é colaboradora de revistas, programas de rádio e TV com pautas relacionadas a comportamento, relacionamento, saúde, qualidade de vida e sexualidade. Atualmente comanda o quadro Terapia em Família, todas as sextas-feiras, a partir das 13h, no programa Expresso Capital, na Rádio Capital.

(www.lelahmonteiro.com.br).

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