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LIÇÃO DE CASA: IGUALDADE E DIVERSIDADE

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Orientação familiar sobre o respeito às diferenças pode ser determinante para tornar ou não uma pessoa homofóbica MICHELE VITOR

Cada vez mais, nos deparamos com notícias assustadoras sobre violência impulsionada pela homofobia, muitas delas com desfecho trágico para inúmeras famílias que perdem pessoas queridas.

Por definição, homofobia significa aversão, medo, ódio e preconceito contra homossexuais. Mas tem um algo mais aí: a discriminação ao que é considerado diferente. Segundo o coach e psicólogo clinico e desportivo, João Alexandre Borba, a homofobia pode ser ainda característica de quem ainda tem dúvidas e angústias sobre a sua própria identidade sexual, mas de forma inconsciente. Sob o ponto de vista mais racional, as pessoas homofóbicas temem aquilo que foge do que acreditam ser normal. “Homofobia é uma expressão que traduz o medo que algumas pessoas sentem do homossexualismo. Esse temor vem do desconhecido, pois o que não é comum a uma pessoa causa estranhamento, gerando reações violentas, verbal ou fisicamente”, explica João Alexandre.

Para o psicólogo, quem agride o próximo por ter convicções diferentes das suas não possui maturidade nem segurança para sustentar as próprias crenças. “Muitas vezes, agredir o outro pelo simples fato de ele ser diferente, mostra que os dois podem, na realidade, ter muito em comum”, diz.

Sobre uma possível homossexualidade reprimida, João Alexandre relaciona o preconceito a um desejo que o agressor foi obrigado a negar, mandando o sentimento para as profundezas do inconsciente. Homens que foram criados em lares machistas e opressores, por exemplo, têm grandes chances de se descobrirem homossexuais com o passar do tempo.

E é neste ponto que entra o papel da família como chave para o desenvolvimento ou não do comportamento homofóbico.

O especialista explica que, de acordo com pesquisas, pessoas que contam com pais mais abertos e compreensivos estão mais em contato com a sua verdadeira orientação sexual, sem medo de se revelar, seja o indivíduo hétero ou homoafetivo. Já os filhos de pais conservadores podem apresentar desejos homossexuais, porém acabam reprimindo, chegando a desenvolver uma tendência comportamental mais próxima à homofobia.

O PAPEL DOS PAIS

Segundo João Alexandre, quando não há o devido suporte emocional no âmbito familiar, o indivíduo pode desenvolver depressão ou outros problemas de ordem psíquica. “A família deve ser a primeira a apoiar quem resolve admitir para o mundo a sua verdadeira sexualidade”, diz.

O psicólogo completa que quando os pais ficam ao lado do filho que decide se assumir, eles encorajam e apoiam o ato. “Esse passo é extremamente importante para combater a homofobia e qualquer outro tipo de preconceito”, completa Borba.

Além disso, os pais são os principais responsáveis pela educação dos filhos e pela formação de cidadãos conscientes. “Acima de tudo, os pais devem pregar o respeito, independentemente de crença, orientação sexual, etnia ou classe social. São eles os responsáveis por ensinar aos filhos os valores do respeito e o direito que cada pessoa tem de ser o que quiser”, ressalta.

O especialista afirma que, a partir do momento em que as pessoas passam a se aceitar verdadeiramente, a violência acaba e a compreensão ao próximo passa a tomar lugar da antiga raiva contida. “É por todas essas características que podemos afirmar que o respeito começa em casa”, conclui o psicólogo.

“Muitas vezes, agredir o outro pelo simples fato de ele ser diferente, mostra que na verdade os dois podem ter muito em comum”

COACH E PSICÓLOGO CLÍNICO E DESPORTIVO

João Alexandre Borba,

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