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Você é escrava do consumo ou faz as tendências?

Por Adriana do Amaral

Todos as estações é a mesma coisa: os estilistas lançam as novas coleções, com indicações da moda. Ou melhor, mercado. Quando sabemos se o comprimento da saia mudou, assim como a largura ou altura das calças, se devemos colorir ou deixar os cabelos naturais, se as bolsas serão grandes ou pequenas assim como os saltos.

Haja bolso. Haja personalidade.

Eu gosto de moda, mas uso-a em meu favor. Principalmente porque descobri, com o passar dos anos, que a moda é cíclica e que ter personalidade nunca cai de moda.

Gosto de contar histórias com as roupas que eu visto

Na #pandemia, durante o #isolamentosocial, descobri a criatividade dos estilistas anônimos e dos artesãos e suas mil e uma habilidades. Tudo no ambiente digital, quando talentos divulgaram as próprias tendências via mídias sociais. Foi lá que eu descobri um tesouro, @JulianeCarvalho, que lá das #MinasGerais cria peças exclusivas de roupas femininas, adultas e infantis, chapéus extraordinários e acessórios para casa e gente.

Foi assim que eu encomendei uma saia à griffe #MissEulária (https://www.facebook.com/misseulalia1). Aliás, peça do vestuário que eu adoro.

Pedi para a Ju, que apenas conheço virtualmente, uma saia enfeitada com palavras e flores. Lancei assim o meu desafio à artista da criação. Não demorou muito e recebi o produto em casa, feito especialmente para mim, exclusivo, e que não canso de usar. Combina com tudo, principalmente comigo.

Feita para mim

Minha saia é jeans, levemente evasé, com bolsos e muito feminina. As palavras se materializaram nos versos da poetisa brasileira de talento, #RoseanaMurray. Ela é enfeitada com aplicações de flores e imagens de mulheres e corações aplicados e bordados com pérolas, pequenas rosas cor de rosa e uma bela rosa vermelha no alto.. A inspiração da artesã é a artista mexicana #FridaCalo, e vestir a minha saia me faz caminhar inspirada pelas ruas…

Receita de acordar palavras

Palavras são como facas ou flores

Elas têm raízes, pétalas, espinhos

São lisas, ásperas, leves ou densas

Para acordá-las basta um sopro em sua alma

E como pássaros

Vão encontrar um caminho

Roseana Murray

Não é uma peça de fácil aceitação. Tem gente que estranha, mas quando eu explico o que está contido nela – além de mim – todos se encantam

Saia que mostra muito do que eu sou, mas como numa obra de arte, tem de se ser decifrada pelo autor levando-se em consideração à criatura.

Faça bem, faça a sua moda!

Se puder, valorize um #artesão.

contatos e encomendas: juianecarvalhodearaujo@gmail.com

Adriana do Amaral é jornalista profissional (mtb 16447), doutoranda e mestre em Comunicação Social pela Umesp. Mãe do Augusto e da Cristina.

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